Com uma votação expressiva no segundo turno, realizado neste domingo, 18, Nicusor Dan (sem partido), defensor da integração da Romênia à União Europeia, venceu a disputa presidencial. Representantes da direita chegaram a contestar, mas, posteriormente, reconheceram o resultado.
Atual prefeito da capital Bucareste, Dan obteve 54% dos votos válidos. No primeiro turno, que ocorreu no dia 4 de maio, ele havia ficado em segundo, com 21%.
Dessa forma, conforme a apuração oficial, ele virou o jogo contra o deputado George Simion (Aliança para a União dos Romenos). Membro da direita no país do Leste Europeu, ele liderou o primeiro turno, mas somou 46% dos votos neste domingo.
Ao comentar o desfecho da eleição, Nicusor Dan afirmou que trabalhará em favor de todos os romenos. Nesse sentido, pregou a necessidade de mudanças no país.
“As eleições não são sobre os políticos, as eleições são sobre as comunidades”, disse o presidente eleito. “Hoje, uma comunidade de romenos que quer uma mudança profunda na Romênia venceu.”
Romênia: candidato da direita chegou a se declarar vitorioso
Num primeiro instante, enquanto a apuração oficial ainda ocorria, Simion chegou a se declarar vitorioso da disputa pela Presidência romena. Depois, contudo, mudou de postura. Reconheceu a derrota e, consequentemente, a eleição de Nicusor Dan.
“Sou o novo presidente da Romênia”, afirmou, por meio de seu perfil na rede social X. Apesar da consolidação do resultado desfavorável, a postagem permanece no ar — e com inclusão de nota da comunidade da plataforma.
Horas depois, também pelo X, o político da direita admitiu o revés. Afirmou que, mesmo diante do resultado de hoje, seguirá a propagar os seus valores conservadores. “Podemos ter perdido uma batalha, mas certamente não perderemos a guerra.”
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen manifestou apoio à eleição do prefeito de Bucareste. “As minhas mais sinceras felicitações a Nicusor Dan pela sua vitória desta noite!”, afirmou, quando 99% das urnas já haviam sido apuradas. “Eles escolheram a promessa de uma Romênia aberta e próspera em uma Europa forte.”
A eleição presidencial na Romênia se deu depois de tensões e imbróglios. Então presidente, Klaus Iohannis renunciou em fevereiro deste ano. Para o pleito que definiria o seu sucessor, o Departamento Central das Eleições do país — órgão equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral, no Brasil — impediu a candidatura de Calin Georgescu, de direita.