Início Política Câmara aprova alteração de parte de decreto de Lula sobre armas

Câmara aprova alteração de parte de decreto de Lula sobre armas

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 28, um projeto que altera o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre armas de fogo. A proposta agora segue para o Senado.

Entre as mudanças, está a permissão para instalação de clubes de tiro a menos de um quilômetro de escolas públicas e privadas.

A proposta também elimina requisitos para o avanço de nível e concessão de registro a Colecionadores de armas, Atiradores e Caçadores (CACs).

A inclusão do projeto na pauta ocorreu de forma inesperada, devido a uma articulação da “bancada da bala” no governo, já no final da sessão.

A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), relatora do projeto, justificou a suspensão de trechos do decreto.

“A restrição imposta pelo decreto desconsidera a realidade prática e técnica das armas de fogo, prejudicando cidadãos que optam por colecionar de forma responsável e legal”, afirmou em seu parecer.

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“Portanto, sustar esse dispositivo é necessário para evitar restrições desproporcionais e infundadas que comprometem direitos legítimos, sem benefícios claros para a segurança pública, ao contrário, atentam contra a segurança pública.”

Entenda a proposta sobre armas

O texto aprovado permite a coleção de armas automáticas de qualquer calibre ou longas semiautomáticas de calibre restrito, além de armas usadas pelas Forças Armadas. Anteriormente, o decreto proibia essas possibilidades.

Também foram retiradas da definição o uso restrito as armas de pressão por gás comprimido ou ação de mola com calibre superior a seis milímetros.

A proposta elimina a exigência de que atiradores desportivos comprovem treinamentos ou competições por calibre registrado a cada doze meses para obter o certificado de registro.

“Tal exigência é humana e socialmente inviável, especialmente para atiradores amadores que possuem outras ocupações. A imposição de participar de inúmeros eventos com inúmeras armas ao mesmo tempo contraria os princípios da segurança pública e da promoção do desporto”, argumentou a relatora.

Além disso, a proposta suspende a necessidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) elaborar um relatório para classificar o que é arma de coleção. Essas alterações visam facilitar o processo para colecionadores, atiradores e caçadores, ao mesmo tempo em que suscitam debates sobre segurança pública.

Via Revista Oeste

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