sexta-feira, fevereiro 21, 2025
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Bolsonaro rebate ataques de Lula sobre pauta da anistia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu nesta quinta-feira, 20, críticas feitas pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro afirmou que, toda vez que Lula “está nas cordas”, ocorrem movimentações contra seus opositores.

O comentário surge em resposta à declaração de Lula sobre o pedido de anistia feito por Bolsonaro. Durante uma entrevista à Rádio Tupi FM, Lula criticou a postura de Bolsonaro, sugerindo que o ex-presidente deveria focar em provar sua inocência ao invés de pedir anistia.

“Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, está provando que é culpado, que cometeu crime”, disse o petista. “Ele deveria estar falando: vou provar minha inocência. Mas está pedindo anistia. Ou seja, ele está dizendo: gente, eu sou culpado tentei bolar um plano para matar o Lula, o Alckmin, o Alexandre de Moraes… não deu certo porque tive uma diarreia, fiquei com medo, tive que voar para os EUA [sic].”

Na mesma entrevista, Lula também disse que disse que presos e demais envolvidos no 8 de janeiro merecem ser condenados por pedirem anistia. Para o petista, ao pedirem anistia antes de ser julgadas, essas pessoas acabam se “autocondenando”.

Projeto de lei da anistia

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Vanessa Vieira e parlamentares de oposição pedem anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023 | Foto: Divulgação/Equipe do deputado Zucco

O Projeto de Lei da Anistia, apoiado por setores da direita, busca perdoar os investigados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro defende a anistia como uma medida “humanitária” para reduzir tensões.

No mesmo dia em que o tema ganhou força, a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-presidente e mais 33 pessoas, acusando-os de planejar uma “trama golpista” para mantê-lo no poder depois de sua derrota em 2022. As acusações incluem organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio da União.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, atribuiu a Bolsonaro crimes não sustentados pela Polícia Federal em seu relatório sobre a tentativa de golpe. A denúncia também sugere, sem provas concretas, que ele teria aprovado um plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.

Gonet pede um valor mínimo para reparação dos danos, incluindo Bolsonaro entre os responsáveis. No entanto, a PF não mencionou o suposto plano de assassinato nem indiciou o ex-presidente pelos atos de 8 de janeiro, embora tenha apontado conexão entre ele e os acontecimentos.

Argumentos da defesa de Bolsonaro

A defesa de Jair Bolsonaro mostrou surpresa e indignação com a denúncia, classificando-a como “inepta” e “fantasiosa”. A defesa reitera que o ex-presidente nunca apoiou movimentos contra o Estado Democrático de Direito.

Em nota, os advogados afirmaram que “A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade”.



Via Revista Oeste

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