quinta-feira, janeiro 9, 2025
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Barroso fala em ato que queria ‘golpe de Estado’

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou o 8 de janeiro como “a face mais visível de um movimento subterrâneo que articulava um golpe de Estado”.

A opinião do juiz do STF consta em um discurso redigido por ele, mas lido por seu vice, Edson Fachin, durante solenidade no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 8, em memória aos dois anos do protesto.

“Foi a manifestação de um triste sentimento antidemocrático, agravado pela intolerância e pela agressividade”, observou Barroso. “Um desencontro político e espiritual com a índole genuína do povo brasileiro. Relembrar esta data, com a gravidade que o episódio merece, constitui, também, um esforço para virarmos a página, mas sem arrancá-la da história. A maturidade institucional exige a responsabilização por desvios dessa natureza.”

Conforme Barroso, “não devemos ter ilusões, pois no Brasil e no mundo está sendo insuflada a narrativa falsa de que enfrentar o extremismo e o golpismo, dentro do Estado de direito, constituiria autoritarismo”. “É o disfarce dos que não desistiram das aventuras antidemocráticas, com violação das regras do jogo e supressão de direitos humanos”, disse Barroso. “A mentira continua a ser utilizada como instrumento político naturalizado. Não virão tempos fáceis. Mas precisamos continuar a resistir.”

Responsabilizados por causa do 8 de janeiro

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Manifestantes sobem a rampa do Congresso Nacional, em 8 de janeiro de 2023 | Foto: Wikimedia Commons

Desde o início da manifestação, o STF já responsabilizou criminalmente 898 réus. Os dados são do gabinete de Moraes.

De acordo com o levantamento, do total, o STF condenou 371 manifestantes, enquanto celebrou o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com 527. Oferecido pela Procuradoria-Geral da República, o ANPP encerra a ação penal, porém, a pessoa confessa crimes e se submete a alguns requisitos judiciais, como pagar multa, que pode chegar a até R$ 5 mil, e fazer um “curso da democracia”.

Via Revista Oeste

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