A bancada evangélica expôs ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (19), que não apoia a inclusão de cassinos e bingos online no projeto das apostas esportivas aprovado pelo Senado. A forte resistência coloca em dúvida a aprovação do texto ainda neste ano.
O texto está na Câmara e havia expectativa de votação nesta terça – o que não aconteceu.
Em conversa com deputados evangélicos nesta noite, Lira recebeu alertas, principalmente de deputados do Rio de Janeiro e da Bahia, sobre os riscos de aprovação do texto ampliado – que, além das apostas esportivas, liberaria a modalidade virtual de cassinos e bingos.
“A gente não pode liberar algo online que a lei proíbe fisicamente, que são os bingos e cassinos. Há uma discussão que precede. Não acho que tenha tempo de fazer esse ano. Está muito em cima”, explicou à CNN o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) após a reunião com o presidente da Câmara.
Sóstenes foi destacado pelo grupo como porta-voz da bancada para tratar desse texto. Foi um pedido de Lira que a Frente Evangélica não encerrasse o diálogo para discutir a aprovação do texto.
Para o presidente da Câmara, aprovar o texto igual ao do Senado, focado nas apostas esportivas, não seria suficiente. Mesmo assim, Lira teria compreendido que precisa discutir mais com as bancadas para equilibrar o texto, sem abrir espaço para práticas ilegais.
No Brasil, desde 2001, não é autorizado o funcionamento de bingos, cassinos e máquinas caça níquel. A tentativa de regulamentação, no atual contexto, conta com apoios na classe política diante do potencial arrecadatório. Uma vez legalizados, os operadores dos jogos são cobrados a pagar tributos.
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