O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo, afirmou que a avaliação do governo de não pedir Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante os atos do 8 de janeiro foi “certíssima”.
A declaração foi dada à CNN após o evento “Democracia Inabalada” no Congresso Nacional, marcando um ano dos ataques criminosos contra os Três Poderes.
“Eu acho que essa avaliação de não ter GLO foi certíssima. A Garantia da Lei e da Ordem é uma operação que tem que ser planejada, não pode ser algo de improviso. Então a decisão foi muito acertada porque naquelas circunstâncias não haveria tempo para um planejamento eficaz”, afirmou o presidente do STM.
A GLO representa um mecanismo constitucional de prerrogativa do presidente da República destinado ao gerenciamento de crises na segurança pública.
Durante a vigência da GLO, as autoridades do Exército assumem atribuições policiais, conferindo-lhes a autorização para realizar revistas pessoais, efetuar prisões e conduzir operações de patrulha.
Durante a entrevista, Joseli também afirmou que a solenidade em memória aos atos de depredação da sede dos Três Poderes representou a consolidação da nossa democracia. “A importância é que o Estado brasileiro saiu fortalecido do 8 de janeiro, 90% dos brasileiros repudiaram o ato porque a índole do brasileiro não é de ódio; a índole do brasileiro é de amor”, complementou o brigadeiro.
O chefe do Tribunal Militar também disse que “não houve, institucionalmente, nenhuma vontade de golpe por parte das Forças Armadas.”
Ele também esclareceu que não é competência do STM julgar os atos do dia 8 de janeiro.
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