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Ataques em Amsterdã foram antissemitas, não briga de torcedores

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Os ataques violentos contra israelenses em Amsterdã, nesta quinta-feira, 7, depois do jogo entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, foram agressões antissemitas e não uma briga de torcedores, conforme informou a prefeita da cidade Fanke Halsema. Vários israelenses ficaram feridos nesta ação, realizada por grupos pró-palestinos.

“Foram grupos de ataque antissemitas”, afirmou a prefeita, relata o The Jerusalem Post. As autoridades locais deram ainda uma orientação para que judeus e israelenses em Amsterdã se abrigassem em locais seguros.

Defensores dos ataques antissemitas acusaram torcedores de entoarem gritos contrários aos palestinos durante o jogo. De acordo com a prefeita, que não citou nada a respeito, as agressões não se justificam de nenhuma maneira.

Por causa do incidente, múltiplos voos de evacuação de emergência foram organizados para resgatar os israelenses dos Países Baixos. A autorização foi dada e, ao contrário do que faz, a El-Al realizou voos mesmo no Shabat, dia sagrado do judaísmo.

Foi enviada uma equipe de Busca e Resgate das Forças de Defesa de Israel (FDI) para Amsterdã, atraiu críticas de líderes em todo o mundo.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado sobre o ocorrido e enviou dois aviões de resgate para auxiliar cidadãos israelenses.

De acordo com a prefeita, “criminosos antissemitas atacaram e agrediram visitantes em nossa cidade com ações de ataque e fuga”. Ela destacou que, apesar da forte presença policial, os agressores conseguiram escapar.

Halsema ainda informou que as autoridades estão investigando a extensão da violência. A agressão ocorreu depois do jogo entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, pela Liga Europa. Em uma postagem no Instagram, a prefeita disse que o número exato de feridos e presos ainda estava sendo confirmado. Três pessoas estavam desaparecidas, mas foram encontradas.

Gideon Sa’ar, ministro sem pasta e ex-opositor de Netanyahu, afirmou no Twitter/X que as autoridades europeias devem ficar atentas.

“O problema é que os políticos continuam dizendo que ‘não há espaço’ para esse ódio contra judeus”, relatou o ministro. “Na verdade, e tragicamente, ele está surgindo em lugar após lugar, sem parar. Quando as pessoas gritaram nas ruas de Amsterdã, Paris e Londres — ‘Globalizem a Intifada’, o que achavam que isso significava? A Europa precisa acordar! Ela está sendo ocupada, não lentamente, mas com certeza, de dentro para fora.”

Noite dos Cristais

O Combat Antisemitism Movement comparou o ataque em Amsterdã à Noite dos Cristais, Kristallnacht dos tempos modernos. O episódio, ocorrido em 9 de novembro de 1938, na Alemanha, quando a população atacou judeus nas ruas e invadiu casas, causando a morte de milhares. Na ocasião, residências e estabelecimentos judaicos foram destruídos.

“A diferença hoje é que os judeus têm o Estado de Israel como refúgio”, declarou a organização, em nota.

“A Europa, no entanto, precisa lembrar disso: os judeus não vão esperar como fizeram em 1939. Como se disse há mais de oito décadas, primeiro vieram atrás dos judeus, mas não parou por aí. É hora de a Europa se organizar e lidar com os novos nazistas como fez com os antigos.”



Via Revista Oeste

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