A defesa de Anderson Torres – um dos principais alvos do inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro – afirmou nesta quinta-feira (4) que o ex-ministro de Bolsonaro quer o episódio “passado a limpo”.
O argumento é que não há provas de que ele foi omisso, embora na ocasião ele estivesse fora do Brasil, enquanto secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
“Esse lamentável e revoltante episódio da política nacional brasileira precisa ser passado a limpo e Anderson Torres é o maior interessado na apuração isenta dos fatos. (…) Até o momento não há nada nos autos do inquérito que indiquem omissão pelo ex-ministro”, diz o texto assinado pelo advogado Eumar Novacki.
Torres foi solto em maio de 2023, após 4 meses de prisão. Fora da cadeia, segue com hábitos discretos de vida e algumas restrições, como utilizar tornozeleira eletrônica, não portar arma de fogo e ficar afastado das redes sociais
“Anderson Torres acredita na Justiça e confia nas instituições e, com a consciência tranquila, tem contribuído para esclarecer o ocorrido”, conclui Novacki.
Torre foi inicialmente defendido por Rodrigo Roca, ex-secretário do Ministério da Justiça do ex-governo Bolsonaro, mas trocou de advogado em meio ao processo como estratégia para demonstrar mais compromisso com a resolução do caso.
Apesar do atual advogado falar da contribuição de Torres com a Justiça, ele nega que o cliente tenha topado um acordo de delação premiada.
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