quinta-feira, janeiro 9, 2025
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AGU de Lula contrata advogados para extraditar condenados do 8 de janeiro

A Advocacia-Geral da União (AGU) começou a contratar advogados no exterior para representar o Brasil nos processos de extradição dos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. O advogado-geral da União, Jorge Messias, assinou na última quarta-feira, 8, o ato formal que autoriza as contratações.

A contratação de advogados estrangeiros é necessária para cumprir requisitos exigidos por outros países. Os advogados da União, via de regra, não estão habilitados para atuar em jurisdições estrangeiras.

O próximo passo é solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações atualizadas sobre os processos. A AGU ainda não sabe exatamente quem são os brasileiros que foram ao exterior nem em quais países eles vivem — dados básicos necessários para apresentar os pedidos de extradição.

A iniciativa da AGU ocorre depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, cobrar providências sobre a extradição de foragidos do 8 de janeiro em 64 ações penais. Moraes é o relator dos casos e impôs penas superiores a 14 anos para os réus presos dentro dos prédios da Praça dos Três Poderes. Por maioria, o STF validou as condenações.

Ministério da Justiça vai analisar pedidos da AGU de extradição dos condenados do 8 de janeiro

A AGU informou que também mantém contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Ricardo Lewandowski, para identificar os casos que “recomendam a efetiva atuação judicial no exterior para garantir a efetivação das extradições”.

Moraes, Lewandowski e Messias em evento no TSE – 3/4/2024 | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Cabe ao Ministério da Justiça analisar a admissibilidade dos pedidos de extradição e, se forem aprovados, encaminhá-los aos respectivos países por via diplomática ou por meio de autoridades centrais.

A atuação da AGU para viabilizar extradições é complementar aos trâmites conduzidos pelo Ministério da Justiça. O Estado brasileiro pode intervir como parte nos processos para contribuir com o esclarecimento de questões factuais e jurídicas. A medida já foi adotada em outros casos de extradição.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

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