sexta-feira, novembro 22, 2024
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8/1: Cappelli lembra “enfrentamento“ com Naime e diz que coronel atrasou chegada de ônibus com presos

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, lembrou nesta terça-feira (9) um enfrentamento que teve com o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), um dia após os atos criminosos de 8 de janeiro. Segundo Cappelli, Naime teria ordenado que os ônibus com manifestantes presos depois dos ataques parassem no meio do caminho em direção à sede da Polícia Federal (PF).

“Na manhã do dia 9 de janeiro de 2023, os ônibus com os golpistas saíram do QG do Exército e, misteriosamente, não chegavam na sede da PF. O coronel Jorge Naime havia mandado os ônibus pararem no meio do caminho. Meu enfrentamento com ele foi um dos momentos emblemáticos”, lembrou Cappelli, que à época havia sido nomeado interventor na segurança pública do DF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Ainda há muitos detalhes não revelados sobre a noite do dia 8 de janeiro de 2023 e aqueles difíceis dias da primeira semana. Houve de tudo. Cada dia daria um documentário. Um trabalho coletivo guiado pela firmeza histórica e o compromisso inabalável com o Brasil”, continuou Cappelli.

“9 de janeiro de 2024. Há exatamente 1 ano atrás estávamos desmontando o acampamento golpista e comandando a maior operação de polícia judiciária da história para prender mais de 1.300 golpistas. Foram 72 horas de trabalho ininterrupto sob forte tensão. Bom dia!”, concluiu o secretário-executivo.

Horas após a depredação dos prédios dos Três Poderes, os vândalos se dirigiram ao Setor Militar Urbano (SMU), onde está localizado o QG do Exército em Brasília e onde muitos estavam acampados. Em seguida, tropas do Exército formaram um cordão de isolamento, impedindo a entrada da PM-DF no local para efetuar as prisões. Governo federal e Exército concordaram, depois de longas negociações, que as prisões seriam feitas na manhã seguinte e que os detidos seriam levados à sede da PF.

Preso desde fevereiro, Naime foi um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito dos atos criminosos. Ele é acusado de omissão, combinado com os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Naime afirmou que o Exército impediu a desmontagem do acampamento no QG do Exército e que a Secretaria de Segurança Pública do DF não repassou alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no dia dos atos sobre o crescimento das manifestações com real possibilidade de invasão.

A CNN entrou em contato com a defesa do coronel Jorge Naime para comentar declaração de Ricardo Cappelli e aguarda retorno.

*Com informações da Agência Senado

Via CNN

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