Em entrevista ao canal CNN, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), expressou confiança na possibilidade de reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça. Segundo ele, há muitos casos de “descondenados” no país.
A fala pode ser considerada uma “alfinetada” no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), visto que o termo “descondenado” é usado pela oposição para se referir ao petista. Lula teve a condenação por envolvimento na Lava Jato anulada, o que abriu caminho para disputar a eleição de 2022.
“Tudo muda… Aqui no Brasil alguém é condenado e ninguém esperava, alguém é ‘descondenado’ e ninguém esperava”, disse, em entrevista. “Não é isso? Já tivemos tantos ‘descondenados’ aqui, por que não ele?”
Apesar da fala, Zema afirma que sua relação com Lula é boa, embora não compartilhem propostas em comum.
Zema deixou claro que está disponível para disputar a presidência em 2026, posicionando-se como uma opção para a direita. No entanto, ele não é visto como um candidato forte e já indicou Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como a melhor opção.
Em pesquisas recentes para 2026, Zema fica atrás de Lula, Ciro Gomes (PDT), Bolsonaro, Freitas, Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Leite (PSDB). Tarcísio de Freitas é o que mais se aproxima de Lula nas intenções de voto.
Tarcísio de Freitas nega mudança para o PL de Bolsonaro
Já citado por Romeu Zema como uma forte opção para a presidência, Tarcísio de Freitas afirmou na quarta-feira 24, que não pretende se filiar ao Partido Liberal (PL), sigla de Bolsonaro.
“Não tem nada previsto”, disse Tarcísio de Freitas, em entrevista ao programa Ao Ponto, da GloboNews. “Estou muito confortável no Republicanos e devo permanecer lá.”
Em maio, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, declarou que Tarcísio se filiaria ao partido em meados de junho.
O presidente do PL afirmou que o governador de São Paulo tinha comunicado a decisão de sair do Republicanos. A fala de Tarcísio teria ocorrido, de acordo com Valdemar Costa Neto, durante um jantar em Brasília, em abril.
“Estive em um jantar com o senador Rogério Marinho (PL-RN) e com o governador Tarcísio”, alegou o presidente do PL. “Ele me disse que vem antes das eleições, acredito que até julho. O PL fará uma festa para recebê-lo.”