O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu na terça-feira 9, aos Estados Unidos que não atrasem a ajuda à Ucrânia até depois das eleições presidenciais de novembro. Ele está em Washington para participar da 37ª Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que começou na terça-feira e vai até quinta-feira 11.
Now in Washington. Today marks the beginning of the NATO Summit.
We are fighting for more air defense systems for Ukraine, and I’m confident we will succeed. We are also striving to secure more aircraft, including F-16s. Additionally, we are pushing for enhanced security… pic.twitter.com/ydkHQjK6RL
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 9, 2024
O mandatário expressou incerteza sobre as ações de Donald Trump caso ele vença a eleição, visto que Trump criticou repetidamente a extensão da ajuda norte-americana a Kiev. Zelensky apelou aos líderes políticos dos EUA para que aprovem novos auxílios antes do pleito.
“Todos estão à espera de novembro”, disse Zelensky. “Os norte-americanos estão à espera de novembro, a Europa, o Oriente Médio, o Pacífico, o mundo inteiro está olhando para novembro e, falando verdadeiramente, Putin também espera por novembro”.
Para o presidente ucraniano, é “hora de sair das sombras, de tomar decisões fortes, de agir” e não esperar por novembro ou qualquer outro mês. Desde o início do conflito, o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia já ultrapassou € 20 bilhões.
Zelensky está particularmente interessado no resultado das eleições norte-americanas, já que o atual presidente Joe Biden expressou apoio incondicional à Ucrânia, enquanto Trump declarou que, se eleito, condicionará o fornecimento de equipamentos a um acordo de paz com a Rússia.
Zelensky fala de relacionamento com Trump
Também na terça-feira, Zelensky afirmou que “não conhece” Trump “muito bem”, mas lembrou de “boas reuniões” com ele durante sua presidência, antes da invasão russa da Ucrânia.
Quando questionado sobre a opinião de Vladimir Putin em relação a Biden e Trump, Zelensky comentou que ambos “são muito diferentes, mas apoiam a democracia”. Por essa razão, o presidente ucraniano pensa que Putin vai “odiar ambos”.