O ex-deputado José Dirceu se encontrou com o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite da segunda-feira 18, durante o lançamento da nova edição do Anuário da Justiça de São Paulo.
O evento ocorreu na sede da Associação Paulista de Magistrados, na capital paulista, em prol da editora ConJur. Entre outras personalidades dos mundos empresarial e jurídico, compareceram o secretário estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo, Fábio Pietro, o advogado Nelson Wilians, e o presidente da Febraban, Luiz Trabuco.
Nas redes sociais, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) se manifestou. “Dias Toffoli é um dos juízes que vai julgar José Dirceu na Segunda Turma do STF”, observou Dallagnol. “Dirceu ainda tem duas condenações na Lava Jato que seus advogados querem derrubar. Tudo certo: juiz confraternizando com o réu na maior cordialidade do mundo. Você não verá nenhum garantista reclamando.”
Dias Toffoli já trabalhou com José Dirceu
O ingresso de Toffoli na política se deu por meio do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1994, foi assessor do deputado Arlindo Chinaglia (PT) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) — hoje, o parlamentar ocupa uma cadeira no Legislativo federal.
Depois, durante cinco anos (de 1995 a 2000), Toffoli trabalhou como assessor jurídico da liderança do PT na Câmara dos Deputados. Nas eleições presidenciais de 1998, 2002 e 2006, advogou para a sigla.
No primeiro mandato de Lula, de janeiro de 2003 a julho de 2005, Toffoli trabalhou como subchefe da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos. O órgão fazia parte da Casa Civil, sob os cuidados de Zé Dirceu, à época.
Em junho de 2018, Toffoli votou pela soltura de Dirceu ao acolher um habeas corpus do petista. A defesa de Dirceu pediu à Corte que suspendesse a execução da condenação de 30 anos no âmbito da Lava Jato.