O CEO da Xiaomi, Lei Jun, compartilhou novos dados sobre o braço automotivo da gigante chinesa. Segundo o bilionário, o plano da Xiaomi Automobile inclui até perder dinheiro no curto prazo para entrar no mercado europeu e se tornar uma das cinco maiores montadoras do mundo nos próximos 15 a 20 anos.
A meta é considerada ambiciosa para uma empresa com apenas três anos de estrada, entretanto, vale destacar que a companhia deve receber pelo menos US$ 10 bilhões do empresário para desenvolvimento de veículos elétricos nos próximos anos.
Segundo o relatório financeiro do segundo trimestre de 2024 da Xiaomi, seu braço automotivo registrou um prejuízo líquido de US$ 252 milhões e entregou 27.307 unidades do SU7 na China. As entregas devem crescer no segundo semestre, já que a Xiaomi concluiu a expansão de sua linha de montagem e aumentou duas vezes suas metas de produção para o ano — agora em 120.000 unidades.
Primeiro carro da Xiaomi vendeu 50 mil unidades em minutos
- O SU7, o principal modelo da Xiaomi Automobile, vendeu mais rápido que o esperado;
- Lançado no fim de 2023, o sedã elétrico vendeu mais de 50 mil unidades em 27 minutos;
- Desde então, a empresa teve que reforçar suas linhas de montagem e metas de produção para acompanhar a demanda;
- Embora a Xiaomi inicialmente se concentre na China, expansões para a Europa podem estar nos planos da empresa;
- A montadora levou o SU7 para exposição em Paris durante os Jogos Olímpicos de 2024, por exemplo.
Novo carro elétrico esportivo de 1.548 cavalos
O CEO também revelou um cronograma para o último lançamento do braço automotivo da Xiaomi, o esportivo tri-motor SU7 Ultra. Em julho, a empresa anunciou a nova versão Ultra de 1.548 cv do SU7.
O sedã de quatro portas e 1.548 cavalos de potência será lançado na China no primeiro trimestre de 2025, revelou Jun. Como é muito potente, o executivo acrescentou que os motoristas devem concluir alguns testes para conseguir desbloquear o desempenho total do veículo.