quinta-feira, novembro 14, 2024
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WhatsApp (finalmente) começa a gerar lucros para a Meta

Em 19 de fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a compra do WhatsApp. A transação foi finalizada meses depois, em outubro apenas.

De lá para cá já se passaram mais de 10 anos e, acreditem, apesar de ser o maior aplicativo de troca de mensagens do mundo todo, com mais de dois bilhões de usuários ativos em janeiro de 2024, o Whats nunca foi uma fonte de dinheiro de verdade para a empresa de Mark Zuckerberg.

O mensageiro foi criado por dois ex-funcionários do Yahoo!, em 2009, e eles tinham como política não cobrar dos usuários pelo serviço. E a ideia era não dificultar a experiência, ou seja, sem anúncios atrapalhando a navegação nem joguinhos para distrair ninguém. O WhatsApp seria um app para troca de mensagens e só.

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O Facebook se tornou Meta e a Meta seguiu essa linha à risca e, por anos e anos, o WhatsApp não deu lucro nenhum. Ok, eles tinham o maior mensageiro do mundo (dois dos maiores, se levarmos em conta o Messenger também), mas a big tech não ganhava dinheiro com ele. E olha que eles gastaram US$ 22 bilhões na compra – a maior aquisição da história da companhia.

Pois toda essa resiliência valeu a pena: o WhatsApp foi o principal responsável pelo aumento de 48% na receita não publicitária da Meta no terceiro trimestre deste ano.

Em números absolutos, isso significa que boa parte dos US$ 434 milhões atingidos no período ocorreram graças ao aplicativo. A quantia ainda é pequena se comparada à receita total de anúncios da Meta, que totalizou US$ 39,9 bilhões nesse recorte. Mas ainda assim é uma grande evolução.

Como o WhatsApp começou a fazer dinheiro

O crescimento do WhatsApp foi impulsionado principalmente por seu produto de mensagens comerciais, o WhatsApp Business.

O Business nasceu em 2018 e é gratuito para empresas pequenas e usuários comuns. Os grandes e médios negócios, porém, devem pagar pelo serviço. E esse custo garante alguns recursos exclusivos, como automação de mensagens, suporte para múltiplos atendentes e segmentação de clientes.

whatsapp business
O Business é uma das explicações sobre por que o WhatsApp começou a gerar lucros para a Meta – Imagem: Alex Photo Stock/Shutterstock

Outra fonte de receita do aplicativo é a integração com o Facebook Ads. Empresas podem pagar para que um link direcione um usuário para o bate-papo do WhatsApp a partir de um anúncio no Face ou no Instagram.

Por fim, o mensageiro também ganha dinheiro ao ficar com uma pequena parte de algumas transferências realizadas através do seu WhatsApp Pay.

Especialistas acreditam que a monetização está em um fase inicial, ou seja, o WhatsApp ainda vai gerar muito lucro para a Meta.

Para os próximos anos, a perspectiva é de que as mensagens diretas continuem ganhando espaço nas redes sociais, com o declínio de publicações no feed. Isso pode beneficiar bastante o segmento.

Meta AI
A Meta acredita que a sua IA pode impulsionar ainda mais os ganhos com seus apps – Imagem: QubixStudio/Shutterstock

Algumas curiosidades sobre o WhatsApp

  • Apesar de ser o maior mensageiro do mundo, o WhatsApp não é nada popular nos Estados Unidos.
  • Quase ninguém possui o app por lá e eles costumam trocar mensagens por SMS.
  • O “Zap-Zap” é um fenômeno aqui no Brasil, mas o nosso país não lidera em número de contas.
  • Nós ficamos em segundo lugar, atrás apenas da Índia.
  • E olha que nos esforçamos bastante para ocupar a primeira posição: segundo pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, cerca de 98% dos brasileiros em idade economicamente ativa possuem o app instalado em seus celulares.
  • Desse total, 94% utilizam o mensageiros todos os dias.
  • O criadores do aplicativo são Brian Acton e Jan Koum, que lançaram o serviço pouco depois de deixarem o Yahoo!, por onde trabalharam por mais de 20 anos.
  • Inicialmente, o WhatsApp era um app disponível apenas para iPhones (iOS).
  • Hoje, porém, ele é maioria em dispositivos Android.
ícone do whatsapp em uma ilustração digital
O WhatsApp é um fenômeno no Brasil, mas não nos Estados Unidos – Imagem: Eyestetix Studio/Unsplash

As informações são do Neo Feed.

Via Olhar Digital

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