Ataques visaram jornalistas e ativistas com spyware de “clique zero”, levantando preocupações sobre o abuso de tecnologia de vigilância comercial
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O WhatsApp acusou a empresa israelense de spyware “Paragon Solutions” de tentar hackear dezenas de seus usuários, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil. As informações são da Reuters.
Em resposta, o WhatsApp enviou uma carta de cessar e desistir à Paragon e afirmou que continuaria protegendo os dados e a privacidade dos usuários.
O ataque utilizou um tipo de hack conhecido como “clique zero”, onde documentos maliciosos eram enviados aos alvos sem necessidade de interação. Aproximadamente 90 usuários foram visados, em mais de 20 países, incluindo a Europa.
Empresa que seria a responsável pelos ataques vende tecnologia para governos
- O WhatsApp interrompeu o ataque e informou o Citizen Lab, um grupo de vigilância canadense, sobre os alvos.
- A empresa não divulgou detalhes sobre como identificou a Paragon como responsável.
- A Paragon, que recentemente foi adquirida pelo grupo AE Industrial Partners, não comentou o incidente, mas é conhecida por vender software de vigilância para governos.
- No entanto, seu envolvimento no ataque levanta preocupações sobre o uso problemático e a proliferação de spyware, especialmente contra jornalistas, ativistas e políticos.
Especialistas como John Scott-Railton, do Citizen Lab, destacaram que o caso é mais um exemplo dos abusos na indústria de spyware, com ferramentas de espionagem sendo usadas contra alvos indevidos. A Paragon, que se posiciona como uma empresa ética, vê sua reputação questionada por essas revelações.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.