domingo, novembro 24, 2024
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Wegovy reduz riscos cardiovasculares graves, mostra estudo

O Wegovy, novo remédio para emagrecimento da farmacêutica Novo Nordisk, reduz o risco de complicações cardiovasculares graves em pessoas com obesidade e doenças cardíacas.

A conclusão é de um estudo norte-americano, realizado com cerca de 17,5 mil voluntários. Participaram dos testes pessoas com obesidade e doenças cardíacas, mas que não tinham diabetes.

De acordo com estudo, as injeções semanais do remédio reduziram o risco geral de ataque cardíaco, derrame e morte por causas cardiovasculares em 20%.

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Os resultados foram apresentados nas Sessões Científicas da American Heart Association e publicados no New England Journal of Medicine.

Os achados podem expandir a cobertura de seguro do Wegovy, uma grande barreira até agora para o medicamento e estimular o uso mais amplo do medicamento anti-obesidade.

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“É a primeira vez que um medicamento aprovado para o controle crônico da obesidade pode ser considerado como salvador de vidas”, disse o Dr. Robert Kushner, professor de medicina em endocrinologia na Faculdade de Medicina Feinberg.

Os novos dados também podem ajudar a empresa farmacêutica dinamarquesa a manter sua liderança sobre a Eli Lilly. Esta última é uma farmacêutica cujo medicamento concorrente para a perda de peso, Zepbound, foi aprovado nos EUA no início desta semana.

O Zepbound pode ajudar as pessoas a perderem mais peso, mas ainda não demonstrou efeito sobre os resultados cardiovasculares.

“Se você olhar para onde as companhias de seguro vão ser obrigadas a ir, elas serão obrigadas a optar pelo medicamento que reduz eventos cardiovasculares”, disse o Doutor Howard Weintraub, diretor clínico do Centro para Prevenção de Doenças Cardiovasculares no NYU Langone Heart.

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Remédio Ozempic para diabetes é da mesma farmacêutica que está produzindo o Wegovy | Foto: Natalia GH/ Shutterstock

Os resultados do estudo sobre o Wegovy, que trata de doenças cardiovasculares

De acordo com o estudo, o medicamento da Novo Nordisk reduziu o risco de ataque cardíaco não fatal em 28% no ensaio, de cinco anos.

Além disso, produziu uma redução de 7% na ocorrência de derrame não fatal, embora poucos derrames tenham sido observados no estudo.

O Wegovy também começou a mostrar uma redução nos eventos cardiovasculares totais, meses depois de os participantes começarem a tomar o medicamento.

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Os pesquisadores observaram esse efeito mesmo antes de as pessoas perderem peso significativo.

“É uma descoberta fascinante, que sugere que tanto a perda de peso quanto o próprio medicamento podem estar desempenhando um papel na saúde do coração”, disse a Dra. Ania Jastreboff, diretora do Centro de Pesquisa em Obesidade de Yale.

Cerca de dois terços dos participantes tinham níveis de açúcar no sangue que os colocavam na faixa de pré-diabetes.

O Wegovy diminuiu a progressão para diabetes em 73%, sugerindo que o medicamento poderia ser usado como um tratamento precoce.

O Ozempic da Novo, que usa o mesmo ingrediente ativo do Wegovy, é aprovado para diabetes.

O estudo teve pacientes cujo índice de massa corporal atendia ao patamar limite para sobrepeso ou obesidade, embora a maioria dos pacientes fosse considerada obesa.

Efeitos colaterais e limitações do remédio

Quase 17% das pessoas que receberam Wegovy no ensaio pararam de tomar o medicamento, principalmente por causa de problemas gastrointestinais, como vômitos e diarreia — o dobro da taxa de pessoas que descontinuaram o placebo.

Contudo, mais pessoas no grupo de controle experimentaram eventos adversos graves, como distúrbios cardíacos e procedimentos médicos.

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Ajustar a dosagem ou mudar a dieta pode ajudar as pessoas a lidar com efeitos colaterais desagradáveis.

De acordo com o Dr. George Dangas, diretor de inovação cardiovascular do Hospital Mount Sinai, ver um medicamento para diabetes produzindo efeitos cardiovasculares e metabólicos positivos “abre uma nova porta para tratar pacientes obesos com doenças cardiovasculares”.

“Esses são bons problemas para se ter”, disse Dangas. “Temos algo bom para o paciente, isso é ótimo.”

Via Revista Oeste

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