Se o ex-prefeito Sílvio Mendes demora um pouco mais a anunciar que é candidato a prefeito de Teresina seria atropelado em sua pretensão por um grupo que se julga herdeiro do espólio político deixado pelo ex-prefeito Wall Ferraz e que já tinha um nome definido para disputar o Palácio da Cidade.
A estratégia era deixar para a última hora a decisão e armar um circo, nos moldes do famoso Acordo de Oeiras, para anunciar o nome do candidato que, obviamente, não seria o do ex-prefeito Sílvio Mendes, que foi alertado por tucanos históricos sobre a manobra e então decidiu antecipar o anúncio da candidatura, desarmando o circo e pegando de surpresa os golpistas, especialmente Luciano Nunes, principal articulador da trama e pretenso candidato a prefeito, que ficou furioso.
O neo tucano, que quase nenhuma convivência teve com Wall Ferraz, se julgava o melhor candidato pelo simples fato de ter disputado e perdido uma eleição para o governo do Estado pelo PSDB, partido que hoje não é mais nem a sombra daquele fundado por Wall e Chagas Rodrigues.
Mas, numa análise superficial, vê-se logo que Sílvio Mendes, forjado na escola do mestre Wall, é o que mais se aproxima dele na maneira de governar e fazer política, sem barganhas, sem o famoso toma lá da cá em que, lamentavelmente, se transformou a política local.
Sílvio foi um dos melhores e mais confiáveis auxiliares de Wall. Fez uma gestão competente à frente da Saúde Municipal e como prefeito, em duas oportunidades, seguiu as lições do mestre e foi um dos melhores gestores que Teresina já teve.
Dos nomes até aqui ventilados como possíveis candidatos a prefeito, à exceção dele, Sílvio Mendes não há um só que vista esse figurino.
Depois do desastre chamado Pessoa, difícil acreditar que o teresinense ainda se engane na hora de votar e se deixe seduzir pela cantilena de candidatos que não representam os interesses da cidade e de seu povo.
Os candidatos já em campanha, Dr. Pessoa e Fábio Novo, são muito diferentes um do outro, mas apenas no aspecto físico. Os dois são muito parecidos como gestores.
O primeiro entregou a Prefeitura de Teresina aos cuidados da esposa e de seus familiares e deu no que deu!
O petista, por sua vez, transformou a gestão da Cultura, numa ação entre amigos, e quer repetir o modelo no Palácio da Cidade.
Todo cuidado é pouco com essa gente!