Segurança pública é a preocupação central da população brasileira nesta terça-feira (27). População que é protegida hoje por menos policiais do que há uma década. No país inteiro, nem dois terços das vagas da polícia civil são preenchidas e na PM faltam trinta por cento do efetivo previsto pelos estados.
A defasagem de recursos humanos é um dos pontos de destaque de um estudo com o título “Raio X das Forças de Segurança do Brasil”, apresentado nesta terça-feira (27).
A questão da remuneração é outro ponto, na média, profissionais de segurança ganham mais do que outras categorias de servidores públicos. Mas as distorções são enormes – ganha-se relativamente muito bem no topo e relativamente muito mal no piso.
Quando comparados a outros países, como Estados Unidos, Chile, Portugal ou Alemanha, os policiais brasileiros recebem muito menos que os colegas estrangeiros, mesmo considerando o poder de compra local de sua remuneração.
A estrutura de suas carreiras é confusa – em alguns estados, mas PMs têm mais sargentos do que soldados.
O estudo contesta versões populares segundo as quais as coisas se resolvem pondo mais polícia na rua com mais dinheiro.
Alguns estados com mais PMs por mil habitantes têm os piores dados de criminalidade, por exemplo. Em muitos estados da federação, as autoridades públicas nem sabem qual a real necessidade de cada instituição: polícia civil, militar, penal, federal.
No caso das polícias civis, o quadro de fragilização institucional interfere diretamente no trabalho de investigação, inteligência e elucidação de crimes.
Não é à toa que as pessoas se preocupem tanto hoje com segurança pública.
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