O Brasil preside no momento o G20, grupo que reúne as principais economias e alguns dos países mais fortes do planeta.
Seria uma ótima oportunidade para a diplomacia brasileira articular pautas do seu interesse, como transição energética, ponto forte do Brasil, ou comércio internacional, do nosso maior interesse.
Mas a chegada dos chanceleres do G20 ao Rio de Janeiro (RJ) acontece em meio e é em parte ofuscada por uma ácida briga diplomática entre Brasil e Israel, provocada pelo próprio presidente brasileiro.
As ambições de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de resolver os grandes problemas geopolíticos do mundo contrastam com o peso específico e a posição geográfica do Brasil.
Somos uma potência média regional, com pouca capacidade de projeção de poder, que depende de parceiros comerciais de um lado da linha divisória da nova Guerra Fria, como a China, e de fornecedores de tecnologia e equipamentos de centros do outro lado da linha, na Europa e Estados Unidos.
Manter distância dos conflitos é quase que uma necessidade vital para nós, que dependemos de tantos e não mandamos em ninguém. Mas meter-se neles parece quase uma necessidade vital do presidente.
Muito tempo atrás, tinha um presidente americano que ficou famoso dizendo que o segredo nas relações internacionais era falar suave e carregar um grande porrete.
O Brasil tem feito o contrário.
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