O presidente Lula está em sua vigésima oitava viagem internacional durante seu terceiro mandato, desta vez percorrendo países do Caribe.
Embora a região abrigue uma população e PIB menores do que o estado de Minas Gerais, por exemplo, possui grande importância estratégica.
Lula prometeu nesta quarta-feira (28) à comunidade do Caribe mais integração, obras e investimento em projetos de infraestrutura, como estradas para ligar o Brasil aos países sul-americanos que têm ligação direta com o Caribe, como Guiana, Suriname e Venezuela.
Essa é uma área de influência direta do Brasil, e faz sentido um presidente brasileiro fazer promessas aos países dessa região.
Se as promessas serão cumpridas é outra história, mas Lula aproveitou a oportunidade para falar sobre geopolítica e eventos que estão ocorrendo literalmente do outro lado do mundo, como a guerra em Gaza ou a invasão da Ucrânia, que, para o resto do mundo, principalmente europeus, americanos, russos e chineses, fica muito mais próxima do que, digamos, a longínqua América do Sul.
A questão levantada pelo prestigiado editorial da publicação britânica The Economist é relevante: Lula apresenta um país que pretende ser ao mesmo tempo tudo para todos.
Amigo do Ocidente e líder do chamado Global South, grande exportador de petróleo e campeão do meio ambiente, paladino da paz e amigo de ditadores como Putin e Maduro.
Em outras palavras, o Brasil parece não ter decidido que país quer ser.
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