Há mais de 30 anos, a Volvo é líder na categoria de caminhões pesados de longa distância com a série FH. Seu “motor mundial” a diesel de 12 a 16 litros produziu grande potência, menos emissões e consumo de combustível relativamente baixo com sua configuração OHC única. Mas, a partir de 2025, ele será alimentado por baterias.
A Volvo anunciou nova versão elétrica de longo alcance do FH (Forward control High entry), caminhão pesado com cabine sobreposta que deve chegar ao mercado na segunda metade de 2025. A meta da montadora é ter toda a frota de novos equipamentos “verdes”, funcionando com elétrons, células de combustível, biogás ou óleo vegetal hidrogenado, até 2040.
“Nosso novo carro-chefe elétrico será ótimo complemento para nossa ampla gama de caminhões elétricos e permitirá transporte com emissão zero de gases de escape também para distâncias maiores. Será ótima solução para empresas de transporte com alta quilometragem anual em seus caminhões e com um forte compromisso de reduzir o CO₂”, explica Roger Alm, presidente da Volvo Trucks.
A Volvo especifica que os novos FH elétricos terão autonomia de cerca de 600 km. O design mais recente da Volvo no FH deu a ele o dobro do alcance das versões anteriores ao criar o que a Volvo chama de “e-axle”, design inteligente que combina motores elétricos e transmissão em única unidade, tornando-a mais eficiente e liberando espaço para mais baterias.
- Ainda não há informações sobre a capacidade de carregamento ou o tamanho da bateria;
- Contudo, as versões anteriores FL e FE podiam carregar em duas horas usando energia corrente contínua para corrente contínua de alta velocidade, ou em cerca de 10 horas usando energia corrente alternada convencional para alimentar a bateria de 300 kW;
- Como rememora o New Atlas, em todo o mundo, os projetos de caminhões com cabine sobreposta (motor montado abaixo dos assentos) são populares, pois a natureza mais curta do caminhão significa mais manobrabilidade e reboques mais longos para carga, ao passo em que estão dentro das restrições de comprimento geral impostas pela maioria dos países;
- Ele também oferece mais visibilidade do que o design convencional de “nariz longo”, no qual apenas o comprimento do reboque é considerado para restrições de comprimento em 16,1 m.
- Vale dizer que mais visibilidade é importante em lugares, como Europa e Ásia, onde as estradas são frequentemente estreitas ou sinuosas (o Brasil também tem as suas);
- O design de cabine sobreposta também perdeu o favor nos EUA, pois não é tão confortável para o longo curso;
- Plataformas mais longas oferecem viagens mais suaves e menos ruído na cabine, mas é difícil ser mais silencioso que um elétrico.