Na última quarta-feira (12), o Olhar Digital noticiou que a volta para a Terra da primeira missão tripulada da cápsula Starliner teria sido adiada em razão de checkouts adicionais necessários na nave.
O voo histórico representou o início dos serviços da Boeing sob um contrato bilionário com a NASA para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). No entanto, nem tudo saiu conforme o esperado – o que está comprometendo o regresso dos passageiros para casa.
Originalmente, Butch Wilmore e Suni Williams deveriam ficar uma semana no laboratório orbital – mas, agora, eles vão precisar aguardar um pouco mais, já que a agência espacial norte-americana anunciou o retorno da missão para o sábado (22) da próxima semana.
Vamos relembrar o lançamento da missão CFT Starliner:
- O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
- Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
- A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
- O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
- No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
- A cápsula demorou mais de uma hora além do previsto para atracar no laboratório orbital;
- Testes adicionais na espaçonave se fazem necessários, justificando o adiamento do retorno para a Terra.
Atraso era previsto, segundo a NASA
Embora pareça que as coisas fugiram de controle, não é bem assim. Em um comunicado, a NASA explica que, enquanto os membros da missão fazem revisões e testes importantes na cápsula, será possível entender as capacidades da Starliner e que as equipes se preparem para o objetivo de longo prazo de realizar uma missão ancorada de seis meses na estação espacial.
Até lá, Wilmore e Williams realizarão verificações adicionais na cápsula Starliner, incluindo um teste de “disparo quente” de sete dos oito propulsores traseiros da espaçonave e uma revisão das operações da escotilha. Eles também realizarão exercícios de “porto seguro” que os ajudarão a preparar a cápsula em caso de emergência.
“Temos uma oportunidade incrível de passar mais tempo na estação e realizar mais testes, o que fornece dados inestimáveis exclusivos para nossa posição”, disse Mark Nappi, vice-presidente e gerente de programa do Programa de Tripulação Comercial da Boeing. A missão CFT foi projetada com um possível atraso em mente, e Nappi disse que as equipes da NASA e da Boeing “têm muita margem e tempo na estação para maximizar a oportunidade de todos os parceiros aprenderem”. Com tudo isso, Wilmore e Williams passarão um total de pouco mais de duas semanas a bordo da estação espacial.