Em turnê pelo Brasil, o vocalista da banda The Calling, Alex Band, relembrou quando foi assaltado e mantido refém pelos próprios seguranças após um show no país, em 2008.
“Foi em Florianópolis, em 2008. Tínhamos acabado de tocar no show. Aí nossos seguranças contratados tiraram as armas e disseram: ‘Queremos cinco mil dólares em espécie’. A gente disse: ‘Não temos dólar em espécie. Pode ser em reais?’. Eles queriam dólar e não nos deixavam ir embora”, contou o cantor em participação no The Noite, com Danilo Gentili.
“Achamos uma forma de fugir do camarim em que estávamos presos. Subi uma escadaria, pulei de uma janela e fui parar no teto. Chamei ajuda, a embaixada americana se envolveu e conseguiram tirar os caras da banda. Eles ficaram com os nossos equipamentos, ao invés da gente. E, de fato, acho que receberam os 5 mil dólares para devolver os instrumentos”, disse Band.
Esta não foi a primeira vez que o vocalista foi feito refém logo após uma apresentação da banda. Após um hiato da banda depois que Alex Band foi diagnosticado com Parkinson, o vocalista sentiu que já estava bem o suficiente para retornar aos palcos, e foi sequestrado logo depois do primeiro show.
“A doença de Parkinson estava melhorando e queria provar que poderia fazer outro show. Deu tudo certo, mas depois fui sequestrado e me levaram para o meio do nada. Iriam me deixar lá para morrer, então acho que dei sorte”, recordou ele.
“Me colocaram dentro de uma van, pegaram o meu dinheiro, joias, telefone… Quebraram a minha cara com um taco de metal. Precisei reconstruir ela cirurgicamente. Os meus dentes são todos falsos, não tinha mais gengiva. Depois de um ano, eles foram presos”, acrescentou.
Segundo o vocalista, ele decidiu transformar essas experiências em algo positivo, sua música. “O primeiro single do nosso disco novo chama-se ‘Stand Up Now’. Fala literalmente de quando consegui me levantar depois do Parkinson. Não veja a hora das pessoas ouvirem esse disco com muitas músicas incríveis”, disse Band.
Ele foi diagnosticado com Parkinson quando tinha 29 anos, em 2001, mas a doença está sob controle graças a medicação.
“Começou na minha mão. Se você trabalha e festeja demais, isso pode se devolver mais cedo. Foi o que aconteceu com o [ator] Michael J. Fox e comigo. A única diferença é que ele não tinha tantos remédios na época que foi diagnosticado, então continuou a deteriorar. Eu tive muita sorte de ter remédios incríveis e melhorei”, explicou.