quinta-feira, julho 4, 2024
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Virgin Galactic está perto de produção em massa de naves

A cada dia que passa, a demanda por naves espaciais aumenta, conforme as agências espaciais trabalham em novas missões (como a Artemis, da NASA, que vai à Lua) e o constante envio de satélites ao Espaço (como os de empresas de internet via satélite, como a Starlink, da SpaceX).

Mas, apesar da alta demanda, atualmente, essas naves não são construídas em linha de produção, já que são feitas para missões específicas, sem contar que novas naves só são fabricadas quando as antigas são descartadas.

Esquema da futura espaçonave Delta (Imagem: Virgin Galactic)

Agora, imagine se o futuro que está sendo desenhado, de pessoas indo regularmente ao espaço, seja para turismo, seja para colonizar a Lua e Marte, será necessário mudar como as naves são concebidas atualmente.

E, quando se fala de turismo espacial, a Virgin Galactic é uma das principais. Como bem lembra a Autoevolução, as passagens oferecidas pela empresa são bem caras (US$ 450 mil [R$ 2,32 milhões, na conversão direta] cada) e bem curtas (somente cinco minutos), mas, mesmo assim, a companhia acredita plenamente que os clientes aparecerão cada vez mais no futuro próximo.

Até hoje, foram seis voos em caráter turístico; o sétimo será realizado no início do próximo mês. Em todas elas, foi utilizado o VSS Unity, segunda nave espacial da Virgin Galactic da classe SpaceShipTwo (a primeira foi a VSS Enterprise, mas ela despencou durante testes realizados em 2014). Contudo, haverá mais dessas espaçonaves.

Futuras naves espaciais da Virgin Galactic mais modernas

  • Com o atual design, não deveremos ver mais, pois a empresa trabalha em novo projeto de nave, chamado classe Delta;
  • Ela será maior, a ponto de abrigar mais pessoas – seis pessoas, ante quatro da Unity –, além de ser capaz de suportar elevados volumes de produção;
  • As espaçonaves Delta deverão ser concluídas em unidade de produção localizada em Phoenix, Arizona (EUA);
  • Nesta semana, a Virgin Galactic anunciou a abertura de nova instalação de integração de sistemas;
  • Essa instalação se encontra na Califórnia (EUA) e será utilizada pela empresa para testar os principais componentes da Delta antes de liberá-los para voo;
  • Para tanto, os engenheiros têm plataforma de testes conhecida como Iron Bird;
  • Esse sistema permite que elementos, como aviônicos, acionamento de penas, pneumáticos e hidráulicos, sejam testados antes de serem instalados nas naves;
  • Os subsistemas da Iron Bird já foram instalados e a Virgin diz que o restante será instalado ao longo do ano.

Contudo, há mais um equipamento de teste que será utilizado: uma peça de hardware, um artigo de teste estático, a ser utilizada para verificação da integridade estrutural e limites de carga das naves espaciais, bem como para determinar o projeto final.

Com este método, os executivos da empresa estão confiantes de que reduzirão “anos de cronograma de desenvolvimento” se comparado ao VSS Unity.

As naves Delta terão desenho similar ao do Unity, incluindo seu sistema exclusivo de embandeiramento de asas, capaz de permitir à nave a chegar ao Espaço e voltar. Estão sendo montados pela Virgin com ajuda de outras empresas.

A empresa aeroespacial Bell trabalha na tecnologia de embandeiramento para a nova classe de espaçonaves, além de estar encarregada de desenvolver as superfícies de controle.

Por sua vez, a fabricante de componentes compostos Qarbon Aerospace está produzindo a fuselagem e a asa. Já a Virgin está com a arquitetura geral do sistema, design, integração e montagem final.

Sistema Iron Bird, que será utilizado pelos engenheiros da Virgin Galactic para testar componentes da Delta (Imagem: Virgin Galactic)

Paralelamente, o porta-aviões do VSS Unity, o VMS Eve, também será aposentado. O projeto do novo porta-aviões está sendo desenvolvido pela Aurora Flight Sciences, empresa da Boeing, e deve ser concluído em 2025.

Apesar de todas estas informações, não se sabe ao certo quantas espaçonaves Delta serão fabricadas, mas a Virgin já prometeu uma frota inteira delas. Contudo, só para começar, duas delas serão desenvolvidas, sendo que cada uma delas poderá realizar oito voos espaciais por mês, aumentando a capacidade mensal da VSS em, pelo menos, 12 vezes.

Ou seja: seriam 750 e clientes, gerando receita anual de US$ 450 milhões (R$ 2,32 bilhões, na conversão direta), valor este que faria a Virgin Galactic começar a lucrar de verdade, lembra o portal.

O Autoevolução soube, ainda, que as linhas de produção das Deltas, que deverão ser as primeiras naves espaciais produzidas em massa do mundo, deverão começar a operar em breve, pois os voos comerciais começarão em cerca de dois anos.

Contudo, precisamos ter cautela com este prazo, apesar de a Virgin Galactic ter afirmado, nesta semana, que está caminhando bem para alcançar a meta.

Via Olhar Digital

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