domingo, setembro 29, 2024
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Vídeo mostra Bolsonaro desdenhando de tortura de Dilma em reunião com ministros em 2022

Na reunião no Palácio do Planalto em que pediu aos ministros uma ação antes das eleições, Jair Bolsonaro (PL) fez uma longa argumentação contra a esquerda e desdenhou da tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A CNN teve acesso a trechos do vídeo, apreendido pela Polícia Federal, um dos elementos que embasou as investigações por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. As imagens foram obtidas pelo âncora Leandro Magalhães.

Dilma, agora presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), é mencionada quando Bolsonaro cita que o regime de Fidel Castro, em Cuba, executou um antigo aliado, o general Arnaldo Ochoa Sanchez.

No relato que fez a seus auxiliares, Bolsonaro disse ter lido no livro do chefe da guarda pessoal de Fidel Castro que “esse coronel viu o Ochoa marchando na direção do paredão e urinou nas calças”. Trata-se do livro “A Vida Secreta de Fidel”, de Juan Reinaldo Sanchez.

“Não tem fodão. Não tem a fodona aí de uma ex-presidente aí que [diz]: “Ah, fui torturada 30 dias”. Eles sabem o que é tortura. Jogam aqui nas Forças Armadas nossa o que eles faziam no passado”, disse Bolsonaro.

Quando era deputado, Bolsonaro — ao votar a favor do impeachment de Dilma Roussef em julho de 2016 — homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante, referindo-se a ele como “o pavor de Dilma Rousseff”, por ter comandado as sessões de tortura contra ex-presidente durante a ditadura militar.

“Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff. Pelo Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim”, discursou Bolsonaro na ocasião.

Dilma Rousseff era estudante em 1970 quando foi presa pela ditadura acusada de subversão. Na época, ela atuava em movimentos de esquerda. De acordo com documentos históricas, a ex-presidente foi submetida a sessões de tortura que incluiam choques e pau de arara.

A PF afirmou em nota que não é responsável pela veiculação dos trechos e ressaltou que as investigações seguem em andamento.

“A Polícia Federal esclarece que o vídeo divulgado por veículos de imprensa nesta sexta-feira, referente à Operação Tempus Veritatis, não foi divulgado pela Instituição. O material veiculado é público e está disponível em buscador de internet, a qualquer cidadão. As investigações seguem em andamento, com o sigilo regulado por lei decisões judiciais”, diz o texto.

Via CNN

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