A NASA está investindo em 13 projetos inovadores que um dia podem virar missões espaciais incríveis. São ideias que vão desde a manutenção da vida em Marte até a exploração de um possível planeta habitável com “enxames” de mini espaçonaves.
Através do programa NASA Innovative Advanced Concepts (NIAC), a agência está apostando em ideias que podem parecer saídas de um filme de ficção científica, mas que têm o potencial de mudar nossa compreensão do espaço. Cada um dos projetos selecionados na Fase I de 2024 vai receber até US$ 175 mil para desenvolver ainda mais suas propostas visionárias.
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Um dos projetos se baseia em um novo tipo de interferometria astronômica (VLBI) usada na radioastronomia em escala de Sistema Solar para melhorar drasticamente as medições de distância cosmológica. Outro tem a ver com um interferômetro de imagem óptica de alta resolução e longa linha de base na superfície lunar (como ilustrado na imagem de destaque desta matéria) em conjunto com o Programa Artemis.
Marte inspirando projetos
O programa da NASA também está financiando um projeto para um foguete especial de fusão nuclear e uma antena leve com capacidades de radiometria em pequenos satélites. Há também uma ideia baseada em sondas nucleares microalimentadas para a exploração da Lua.
Porém, Marte foi um dos principais nomes nos projetos. Por exemplo, em um baseado na produção de hidrogênio e oxigênio no Planeta Vermelho e em outro (com complemento) que traz o primeiro veículo de asa fixa para voar na atmosfera marciana (batizado de MAGGIE, ele poderia percorrer até 16.048 quilômetros ao longo de um ano marciano, ajudando na exploração por lá).
Os participantes também apresentaram à NASA um sistema para tornar a água de Marte potável usando bactérias modificadas – tendo como objetivo ajudar na manutenção da vida no planeta. Já a exploração tripulada de Marte seria beneficiada pelo projeto de um depósito de armazenamento de líquido criogênico diferenciado.
Enxame de espaçonaves
O programa da NASA também está financiando a ideia de uma frota de mini espaçonaves, cada uma pesando só alguns gramas, até a estrela Proxima Centauri, usando velas impulsionadas por lasers. Esse enxame autônomo poderia cobrir os 4,2 anos-luz até a estrela e seu possível exoplaneta habitável, comunicando-se com a Terra depois de duas décadas de viagem.
Há ainda o projeto de um novo laboratório de hibernação em microgravidade para uso a bordo da Estação Espacial Internacional e outro apresentando uma nova abordagem para recolher uma amostra da superfície de Vênus. Apesar de parte dessas ideias parecerem distantes, a NASA acredita no potencial de cada uma delas.