segunda-feira, setembro 30, 2024
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Vice-presidente do PT defende ministro acusado de assédio sexual

Em uma publicação no Instagram, o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputado federal, Washington Quaquá, declarou apoio ao ministro Silvio de Almeida, da pasta dos Direitos Humanos. Almeida é acusado de cometer assédio moral e sexual contra servidoras e colegas do governo Lula, como a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.

“Negro, periférico, intelectual de altíssimo nível… Corajoso no embate de classe e de raça”, disse Washington. “Mesmo se tivesse errado, mereceria de mim um perdão cristão. Na falta de provas e na sobra de disputa política mesquinha no aparelho de Estado, merece minha dúvida.”

O político também disse que o ministro merecia sua “solidariedade” por tudo que ele é e representa. Para Quaquá, as acusações contra Almeida representam uma “política da lacração e cancelamento”, a qual a esquerda precisa abandonar para deixar de se afastar do “povo real”.

Segundo denúncias publicadas nos portais UOL e Metrópoles, Silvio Almeida teria cometido assédio sexual contra 14 mulheres, incluindo Anielle Franco. Servidores também acusam o ministro de Lula de praticar assédio moral e provocar pedidos de demissões em série na pasta.

As vítimas, que pediram anonimato, relataram os casos à ONG Me Too Brasil. A Polícia Federal (PF) anunciou nesta sexta-feira, 6, que vai abrir um inquérito para investigar denúncias de assédio sexual contra o ministro.

O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, disse à GloboNews que a decisão foi tomada por iniciativa própria, sem representação formal recebida. A agência planeja instaurar o inquérito ainda nesta sexta-feira. “Provavelmente as pessoas serão ouvidas na semana que vem, mas o presidente do inquérito que dirá”, afirmou Rodrigues.

‘Ilações abusurdas para me prejudicar’, diz ministro de Lula acusado de assédio sexual

silvio almeida
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, negou os suposto caso de assédio sexual contra mulheres e a ministra Anielle Franco | Foto: Filipe Araújo/Minc

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, negou os supostos casos de assédio. Por meio de nota divulgada na noite desta quinta-feira, o ministro de Lula disse “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas” contra ele. Disse que “qualquer denúncia deve ter materialidade” e que não cometeu assédio sexual nem moral.

“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, declarou. “O que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias e bloquear o nosso futuro.”

O ministro de Lula ainda disse ser “muito triste viver tudo isso” e que as denúncias doem “na alma”. “Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.”



Via Revista Oeste

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