quinta-feira, maio 29, 2025
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Vice de Tarcísio prevê fim da Cracolândia em até 6 meses

O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), previu que só será possível decretar o fim da cracolândia dentro de seis meses. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira, 27, o político paulista detalhou o andamento das ações coordenadas pelo Estado nas áreas centrais da capital paulista.

Ramuth destacou que cerca de 1,2 mil dependentes químicos, antes concentrados na Rua dos Protestantes, em São Paulo, recebem tratamento em hospitais especializados ou foram acolhidos em 40 casas e comunidades terapêuticas.

Mais de dois anos de trabalho na cracolândia

Segundo o vice-governador, o avanço no sumiço dos usuários da cracolândia resulta de mais de dois anos de trabalho integrado entre o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo. Ele afirmou que não há data exata para o fim do problema e recomendou cautela.

Imagem aérea da Cracolândia vazia
Imagem aérea da Cracolândia vazia | Foto: Reprodução/Twitter/X

De acordo com Ramuth, a situação demanda atenção constante. Ele citou a possibilidade de parte dos usuários tratados voltarem a se reunir. “Imagine se 200 usuários, daqueles 1,2 mil que citei, tiverem alta médica e resolvam se aglomerar novamente?”, indagou.

Sobre a dispersão para outros pontos da cidade, Ramuth negou que a situação esteja provocando migração de usuários. Ao Estadão, ele esclareceu que pequenas aglomerações em áreas como Rua Glicério, Avenida Roberto Marinho e Minhocão são compostas por grupos já conhecidos em situação de rua, sem vínculo direto com a Cracolândia.

Ramuth descartou violência policial

O vice-governador ainda rejeitou denúncias sobre transporte de dependentes para municípios vizinhos, como Guarulhos. Perguntado sobre as investigações anunciadas pela Prefeitura de Guarulhos, ele afirmou que não há nada que apurar. Ramuth também descartou que as abordagens policiais sejam violentas.

Nas próximas fases da operação, o foco estará em estabelecimentos comerciais da região central, como bares e adegas, apontados em investigações como facilitadores do tráfico de drogas. “Não vamos admitir o uso e a comercialização a céu aberto, com traficantes quebrando tijolos de crack no Centro de São Paulo”, afirmou.

E mais: “Mello Araújo: ‘Lutamos contra o crime organizado que domina os dependentes da cracolândia’”



Via Revista Oeste

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