Aliados do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmam que a escolha do vice na disputa pela reeleição só será chancelada em março, próximo ao prazo final para filiação partidária.
A ideia é não deixar o nome exposto por muito tempo e usar os próximos meses para criar uma marca para o prefeito.
Um nome que desponta, por enquanto, é o do coronel Ricardo Nascimento Mello, ex-comandante da Rota, que presidiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, por indicação de Bolsonaro.
O ex-presidente, segundo aliados, concorda com o nome. Mas ainda não bateu o martelo. Fontes próximas a Bolsonaro defendem a escolha de um “bolsonarista raiz”.
A preocupação da campanha ainda se estende ao recente mal-estar causado pela saída da ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou a gestão Nunes para assumir a vaga de vice na chapa de seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL).
A avaliação interna do núcleo ligado ao ex-presidente é que Nunes deveria ter reagido assim que surgiram rumores com o nome de Marta para vice de Boulos.
A demora para se posicionar, ainda segundo relatos à CNN, teria carimbado em Nunes a imagem de “fraco e traído” e que, agora, será preciso um processo de reabilitação do prefeito.
À CNN, o prefeito da capital paulista disse que se sente “decepcionado” com a saída de Marta, mas mantém que não haverá ataques diretos à ex-secretária durante a campanha.
A estratégia tem sido terceirizar as críticas a Marta a aliados que já distribuem, por mensagens, recortes de entrevistas da ex-prefeita com desavenças com o PT, partido para o qual ela retornará.
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