Na manhã desta terça-feira, 16, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou uma operação para desarticular um grupo criminoso associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A parceria teria o objetivo de fraudar licitações em todo o Estado.
A quadrilha, que contava com o apoio de agentes públicos, incluindo vereadores, operava através de empresas fictícias. Essas companhias manipulavam a concorrência para ganhar contratos de terceirização de mão de obra em prefeituras e câmaras municipais.
Os contratos fraudulentos, que ultrapassam R$ 200 milhões nos últimos anos, não tiveram os detalhes dos serviços prestados divulgados.
Advogado de líder do PCC é preso
Durante a operação, foram apreendidas quatro armas, 22 celulares e 22 notebooks, além de R$ 3,5 milhões em cheque, R$ 600 mil em espécie e US$ 8 mil.
Na Baixada Santista, por exemplo, ocorreram três prisões, incluindo a do vereador Ricardo Queixão, de Cubatão, e do advogado Aureo Tupinamba, conhecido por defender o traficante André do Rap, ligado ao PCC.
A 5ª Vara Criminal de Guarulhos emitiu 15 mandados de prisão temporária e 42 mandados de busca e apreensão em diversos endereços. O material recolhido foi encaminhado à sede do Ministério Público na capital.
A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de São Paulo, em parceria com a Polícia Militar.