A vereadora Edna Sampaio (PT) teve seu mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Cuiabá pela segunda vez, devido a uma acusação de envolvimento em um esquema de “rachadinha”
A decisão foi tomada em sessão da última quinta-feira, 6, com 19 votos a favor e 5 ausências, sem a presença da parlamentar do PT para sua defesa. Nas redes sociais, Edna Sampaio alegou que a Câmara de Vereadores não seguiu o “devido processo legal” e não teve tempo de apresentar sua defesa no suposto caso de “rachadinha”.
“A verdade é que a Câmara se recusa a fazer o devido processo legal para me processar e se recusa a dar o tempo do rito legal para a minha defesa por um crime que não cometi, de ‘rachadinha’”, justificou a vereadora do PT que teve mandato cassado.
Edna Sampaio também declarou que o processo se referia a uma cassação “ilegal”. Disse que eram uma “falta de decência” as acusações pelo crime de “rachadinha” por parte dos demais vereadores.
“Fizeram a estratégia de me convocar no período que estava de atestado médico”, disse. “A defesa comunicou, e os integrantes da mesa sabiam disso, e mesmo assim continuaram produzindo o atropelamento do processo, porque o objetivo não era proporcionar minha defesa.”
Vereadora do PT acusada de “rachadinha” já teve mandato cassado antes
No ano passado, Edna Sampaio já havia sido cassada pelo suposto crime de “rachadinha”, mas conseguiu reverter a decisão na Justiça e retornar ao cargo. Neste ano, uma nova comissão processante foi instaurada para investigar as denúncias contra a vereadora do PT.
Em maio de 2023, vazaram prints de conversas entre Edna e sua ex-chefe de gabinete Laura Natasha, que sugere um esquema de ‘rachadinha’ com as verbas indenizatórias. Os documentos revelam que, em 2022, Edna teria recebido pelo menos R$ 20 mil em transferências de Laura Natasha.
Laura Natasha foi exonerada no final do ano passado, enquanto estava grávida, e recebeu uma indenização de R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de verbas indenizatórias.