O vereador Jessé Sangalli (PL-RS), de Porto Alegre, publicou em suas redes sociais uma explicação visual da dimensão da fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No vídeo, ele usa bolas de gude para representar a soma bilionária de descontos não autorizados em pensões e aposentadorias.
No exemplo do vereador gaúcho, cada bola de gude representa R$ 1 milhão roubado dos beneficiários do INSS. Sangalli usa um copo cheio de bolinhas para representar R$ 100 milhões. No entanto, apenas em 2023 foram roubados o equivalente a 13 copos, R$ 1,3 bilhão.
Para explicar a dimensão do rombo em 2024, foram necessários 28 copos. Afinal, a soma de descontos indevidos em benefícios do INSS totalizou R$ 2,8 bilhões.
“A pergunta que não quer calar é: quando o STF vai dar 48 horas para o Lula, para o Frei Chico — seu irmão [de Lula] sindicalista —, para o Carlos Lupi explicarem o que vai acontecer com esse dinheiro que foi roubado e que está lesando os aposentados do Brasil?”, questiona o vereador ao fim do vídeo

Governo tinha conhecimento de escândalo no INSS há anos
O ministro da Previdência Social do governo Lula, Carlos Lupi, vinha sendo alertado sobre as irregularidades desde junho de 2023, mas ignorou as denúncias. Ele pediu demissão nesta sexta-feira, 2.
O escândalo explodiu durante a gestão de André Fidelis, então diretor de Benefícios do INSS, aliado do centrão e nomeado por Lula. Mesmo exonerado em junho de 2024, diante da descoberta do rombo, as irregularidades não cessaram e seguiram até este ano.
“O governo que se diz defensor dos pobres se mostra, na prática, cúmplice dos poderosos”, conclui Jessé Sangalli. “A corrupção está voltando a ser institucionalizada no Brasil.”