sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioCiência e tecnologiaVerão de 2023 foi o mais quente registrado em 2 mil anos

Verão de 2023 foi o mais quente registrado em 2 mil anos

Com a combinação entre o aquecimento global e fenômenos como o El Niño, acreditava-se que o verão de 2023 fosse o mais quente dos últimos 100 mil anos. Apesar de não ser possível testar essa hipótese, pesquisadores confirmaram que o verão do ano passado foi o mais quente já registrado no Hemisfério Norte em um período de 2 mil anos. A descoberta foi publicada na revista Nature.

Entenda:

  • Cientistas descobriram que o verão de 2023 foi o mais quente em 2 mil anos;
  • A equipe analisou anéis de crescimento de árvores para estimar as temperaturas dos anos 1 a 1850;
  • Leituras instrumentais forneceram os dados entre os anos 1850 a 1900;
  • Ao comparar as informações, os pesquisadores descobriram que o verão de 2023 foi 1,19°C mais quente do que o de 246 – o de maior temperatura na leitura dos anéis;
  • O verão passado foi 2,07°C superior à média de 1850 a 1900, e 2,2°C mais quente do que a média anterior a 1850;
  • As informações foram publicadas na revista Nature e em um comunicado do EurekAlert.
Ulf Büntgen, da Universidade de Cambridge, co-autor do estudo. (Imagem: Ulf Büntgen)

A equipe focou apenas no Hemisfério Norte porque, conforme explicado no estudo, os dados do Hemisfério Sul ainda são muito escassos e, nos trópicos, diversos fatores além da temperatura podem influenciar o crescimento das árvores.

Cientistas usaram anéis de árvores para determinar verão mais quente em 2 mil anos

Os dados do estudo foram obtidos através da análise dos anéis de crescimento de árvores – ciência conhecida como dendrocronologia. Pela largura dos anéis, é possível estabelecer as condições de cultivo das árvores e as temperaturas em anos específicos – que, no caso do estudo, foi um recorte dos anos 1 a 1850. A equipe comparou os dados dos anéis a leituras instrumentais dos anos 1850 a 1900.

(Imagem: Jurik Peter / Shutterstock)

As análises mostraram que a temperatura do verão de 2023 foi 1,19°C mais alta do que o de 246 – o mais quente da leitura dos anéis – e 2,07°C superior à média de 1850 a 1900. O estudo determinou, por fim, que o verão passado foi 2,2°C mais quente do que a média anterior a 1850.

“Quando olhamos para o longo percurso da história, podemos ver quão dramático é o aquecimento global recente”, disse Ulf Büntgen, da Universidade de Cambridge, em comunicado. “2023 foi um ano excepcionalmente quente e esta tendência continuará a menos que reduzamos drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa.”

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui