segunda-feira, novembro 25, 2024
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Venezuela nega que há mandados de prisão contra a oposição

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que não há mandados de prisão contra María Corina Machado nem Edmundo González Urrutía, líderes da oposição ao governo de Nicolás Maduro. Ele deu a declaração neste domingo, 4.

“Quero conhecer as ordens de prisão, vê-las, porque não existem”, disse Saab, em entrevista à rádio colombiana Caracol.

Depois das eleições, o procurador acusou Corina de envolvimento em um ataque ao sistema eleitoral.

Apesar da declaração, interlocutores informaram a Oeste que há um mandado de prisão contra a opositora de Maduro.

Saab confirmou que há uma investigação em andamento para identificar responsáveis por incêndios criminosos em prédios públicos. “Todo aquele dirigente que faça um chamado a fatos vinculados a atos de terrorismo será detido.”

Figuras de alto escalão do regime pediram a prisão de Corina, que está inabilitada para concorrer nas eleições presidenciais, e de González, escolhido para substituí-la na candidatura da oposição.

Diante das ameaças, a Costa Rica ofereceu asilo a Corina, González e outros opositores. Em artigo no jornal norte-americano Wall Street Journal, a opositora escreveu sobre a possibilidade de ser presa a qualquer momento.

Ditadura da Venezuela prende manifestantes

Corina e González convocaram manifestações para denunciar uma fraude nas eleições de 28 de julho. A ditadura afirmou ter prendido mais de 1,2 mil pessoas durante os protestos, enquanto a ONG Human Rights Watch confirmou mais de duas dezenas de assassinatos.

“Vinte mortes causadas pela própria violência dos manifestantes”, declarou Saab, ao negar que as forças de segurança cometem violência. Além disso, ele acusa os manifestantes de simular ferimentos.

No sábado 3, Corina discursou para milhares de apoiadores em Caracas, enquanto González não participou do evento. “Nunca estivemos tão fortes”, afirmou, ao reiteirar a acusação de fraude eleitoral.

O Conselho Nacional Eleitoral, com alta influencia do ditador, anunciou a reeleição de Maduro, com 52% dos votos contra 43% de González. A oposição, no entanto, publicou documentos que mostram a vitória de González, com 67%.

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Via Revista Oeste

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