O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, informou, nesta quarta-feira, 31, que o governo Maduro já prendeu 1.062 manifestantes contrários ao ditador Nicolás Maduro.
Até a divulgação mais recente, por Saab, havia 749 pessoas detidas, por causa dos atos.
Desde o anúncio do resultado da eleição, que deu um terceiro mandato a Maduro, multidões têm tomado as ruas de cidades venezuelanas em protesto à ditadura. Isso porque o processo de contagem dos votos registrou uma série de denúncias de fraude, pela oposição.
Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro fala em prisão de María Corina
Horas antes de Saab atualizar o número de pessoas detidas, em virtude da reação ao resultado eleitoral, Maduro falou que María Corina deveria pegar 30 anos de prisão.
“Onde você está, senhora Machado?”, interpelou Maduro, durante uma coletiva de imprensa em Caracas. “Por que não mostra a cara, depois de tanta indignação e violência? González, o senhor é responsável por isso e muito mais. Há militares mortos. Assuma a responsabilidade. Como eu disse ontem, covarde, a impunidade acaba aqui.”
Presidente do Legislativo faz a mesma proposta
Na tarde de ontem, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, pediu a prisão de María Corina e Edmundo González, substituto da oposicionista, por suposta tentativa de golpe de Estado e por interpelarem o resultado da eleição.
“O Ministério Público tem que atuar não somente contra os delinquentes que estão nas ruas, mas também deve mirar os chefes, que têm de ir presos”, disse, durante uma sessão no Parlamento. “E, quando digo chefes, refiro-me a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, porque ele é chefe da conspiração fascista que querem impor na Venezuela.”