O procurador-geral da Venezuela (PGR), Tarek William Saab, chamou o presidente Lula de “agente da CIA”, o serviço de inteligência norte-americano.
“Ele não é mais a mesma pessoa que saiu da prisão, nem na aparência, nem na maneira de se expressar”, disse o PGR, durante o programa Análise Situacional, da emissora estatal Globovísion.
As críticas se estenderam ao presidente do Chile, Gabriel Boric. “Traiu a juventude mártir que lutou contra Sebastián Piñera”, declarou.
Lula e Boric têm sido atacados pelo regime chavista, em virtude de críticas feitas ao ditador Nicolás Maduro.
Venezuela endurece o regime
Desde o fim da eleição na Venezuela, em julho, a ditadura tem se esforçado para calar a oposição.
Conforme as atas eleitorais divulgadas pela direita, o candidato Edmundo González ganhou o pleito, com mais de 60% dos votos.
Maduro, no entanto, contestou a fala dos opositores. Em meio à escalada de repressão, González viajou para a Espanha.
Na semana passada, o “STF” da Venezuela, que é controlado por Maduro, rejeitou um pedido para anular a decisão do tribunal que “confirmou” a reeleição do ditador. De acordo com o tribunal, a Corte “comprovou a integridade indiscutível dos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral, os quais apontam que o candidato eleito para o mandato presidencial de 2025 a 2031 foi o cidadão Nicolás Maduro”.