A cidade de Veneza, na Itália, deve ficar um pouco mais silenciosa. Pelo menos, essa é a esperança do conselho municipal, que proibiu guias turísticos de usarem megafones e limitou grupos a 25 pessoas. A medida faz parte de um esforço do governo local para retomar algum controle da cidade após um número recorde de turistas após a pandemia.
As exceções às novas regras, que entraram em vigor na quinta-feira (1º), incluem crianças menores de 2 anos, assim como alunos e excursões educativas. As diretrizes deveriam entrar em vigor em junho, mas foi adiada porque muitos guias já haviam reservado excursões em grupo.
Turistas e guias que violarem o limite de 25 pessoas ou usarem alto-falantes enfrentarão multas de US$ 50 a US$ 100 (R$ 285 a R$ 571). As regras também se aplicam às ilhas venezianas de Murano, Burano e Torcello.
Em abril, Veneza se tornou a primeira cidade do mundo a cobrar uma taxa de entrada de 5 euros (cerca de R$ 31), em um programa que durou 29 dias e rendeu à cidade mais de US$ 2,5 milhões (R$ 15,6 milhões).
Houve manifestações no dia em que a taxa foi implementada, com moradores levantando cartazes e mostrando seus passaportes em protesto à ideia de transformar a cidade em um parque temático ou museu.
No entanto, a cidade cogita dobrar o valor da taxa quando for reinstaurada, provavelmente ainda este ano. Durante o período de teste, a taxa foi paga mais de 485 mil vezes, segundo a prefeitura.
Veneza não é a única que luta contra o turismo excessivo. Protestos têm ocorrido na Europa nestes últimos meses, com manifestações na Holanda, Grécia e Espanha. Autoridades na ilha grega de Santorini consideram limitar o número de navios de cruzeiro que podem atracar em suas costas.
No início de julho, manifestantes marcharam pelas áreas turísticas populares na cidade espanhola de Barcelona, borrifando visitantes desavisados com pistolas de água enquanto cantavam “turistas vão para casa”.
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