domingo, novembro 24, 2024
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Vendas de EVs estão estagnadas ou crescendo aos poucos?

A pesquisa “Perspectiva de Veículos Elétricos de Longo Prazo (EVO)” da BloombergNEF indica que vendas de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) continuarão a crescer, apesar das perspectivas dúbias de curto prazo.

Segundo o Electrek, o estudo aponta que a rápida queda no preço das baterias, os avanços na tecnologia de baterias de futura geração e a melhoria da economia relativa dos EVs com homologação ICE vêm sustentando o crescimento dos elétricos a longo prazo no mundo todo.

Porém, o relatório informa que a janela para alcançar um mundo totalmente elétrico é menor do que antes. Abaixo, confira sete descobertas da pesquisa apontadas pelo Electrek:

Vendas de elétricos continuam crescendo, mas a ritmo lento (Imagem: Smile Fight/Shutterstock)

Como andam as vendas de EVs?

Vendas continuam crescendo, mas a ritmo lento

  • Espera-se que as vendas de veículos elétricos para passageiros excedam 30 milhões em 2027 no cenário base da BNEF e cresçam para 73 milhões por ano em 2040;
  • Em quatro anos, elas deverão crescer a média de 21% ao ano;
  • Ela deve saltar para 33% 2027, ante 17,8% em 2023;
  • Atualmente, só China (60%) e Europa (41%) estão acima dessa média global;
  • No Brasil, a expectativa é que as vendas de elétricos quintupliquem até 2027 e tripliquem na Índia.

Vendas de ICEs atingiram o ápice

As vendas de ICEs chegaram no ápice em 2017 e, em 2027, serão 29% inferiores, segundo o relatório. A BloombergNEF afirma que a sua análise econômica indica que os EVs são o principal método de descarbonização do transporte rodoviário.

Ainda, os híbridos poderão ter papel significativo no curto prazo, especialmente nos mercados com regras de eficiências de combustível rigorosas. Até 2030, a depender do mercado, os híbridos representarão entre 5% e 45% das vendas.

Caminhões pesados elétricos serão viáveis até 2030

O estudo especula que os caminhões pesados elétricos movidos a bateria, atualmente mais utilizados em ciclos de trabalho urbano, poderão ganhar mais responsabilidades até 2030, quando se aproximarão dos movidos a diesel. Já os movidos a células de combustível são uma incógnita.

Baterias de fosfato ferro-lítio (LFP) dominam os EVs

As melhorias obtidas na tecnologia LFP fizeram com que ela recebesse maior fatia de mercado, em especial na China, onde os preços das células caíram para US$ 53/kWh (R$ 287,87, na conversão direta).

A tecnologia terá mais de 50% de fatia do mercado global de elétricos de passageiros nos próximos dois anos, entende a BloombergNEF. Isso fará com que o níquel e o manganês sejam pressionados, por conta da mudança para consumo de produtos químicos de baixo custo.

Estima-se que o uso desses metais, até 2025, será 25% e 38% menores, respectivamente.

Indústria de carregamento terá que crescer (muito) na próxima década

Serão necessários entre US$ 1,6 bilhões e US$ 2,5 bilhões (R$ 8,69 bilhões e R$ 13,57 bilhões, respectivamente) em investimentos cumulativos em infraestruturas de carregamento, instalação e manutenção até 2050, a depender do cenário.

Excesso de capacidade é problemática para os fabricantes de baterias

A capacidade planejada de fabricação de células de íons de lítio até o fim de 2025 é mais de cinco vezes superior à demanda global de baterias de 1,5 TWh esperada para 2024.

Até 2035, espera-se que a demanda anual por baterias de lítio aproxime-se de 5,9 terawatts-hora anualmente.

carros elétricos
Será que teremos 100% da frota de veículos elétricos até 2050? (Imagem: guteksk7/Shutterstock)

Frota global com emissão zero até 2050 exigirá transição mais rápida

O progresso dos veículos elétricos está lento, apesar de crescer. Em 2035, espera-se 476 milhões de EVs na estrada, chegando a 722 milhões em 2040 (45% da frota).

Imaginando-se o cenário de zero emissões em 2050, serão 679 milhões e 1,1 bilhões, respectivamente. Contudo, para atingir as zero emissões, o cenário teria que ser de 100% da frota de veículos em circulação serem elétrica até 2050, mas, nesse ano, deveremos ter apenas 69%.

Via Olhar Digital

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