sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioInternacionalVencedora do Nobel da Paz faz greve de fome na prisão no...

Vencedora do Nobel da Paz faz greve de fome na prisão no Irã

Depois de vencer o Prêmio Nobel da Paz de 2023 há exatamente um mês, a ativista iraniana Narges Mohammadi iniciou uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres em seu país.

Preocupação do comitê do Nobel

O anúncio foi de sua família nesta segunda-feira, 6. O comitê organizador do Nobel e a organização de defesa da liberdade de expressão Pen International expressaram sua preocupação com o estado de saúde da ativista.

“A obrigação para as detidas de usar um véu para serem hospitalizadas é desumana e moralmente inaceitável”, declarou a presidente do comitê do Nobel, Berit Reiss-Andersen.

Narges, de 51 anos, está detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerã. Conhecida por seu ativismo contra a pena de morte e a favor dos direitos das mulheres, já foi presa e condenada em várias ocasiões.

+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste

Narges MohammadiNarges Mohammadi
Narges Mohammad protesta contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres no Irã | Foto: Reprodução/ YouTube

Descaso com Narges

Na quinta-feira 2, a família de Narges denunciou que as autoridades penitenciárias se recusaram a transferi-la para o hospital por não querer cobrir a cabeça com um véu. Seu estado de saúde é frágil.

Seus familiares alertaram que, de acordo com o eletrocardiograma feito na prisão, a ativista precisava de internação urgente. A Justiça do Irã não falou nada sobre o assunto.

“A República Islâmica [do Irã] é responsável por tudo o que possa acontecer com nossa querida Narges”, afirmou a família em comunicado.

Esta é a terceira vez que Narges cumpre pena na prisão de Evin desde 2012. A pena atual dela é de 12 anos de prisão, sob acusações de propaganda contra a República Islâmica.

Narges venceu o Nobel no dia 6 de outubro pela “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade”, de acordo com o comitê da premiação.

O governo iraniano criticou os organizadores de tentar interferir em questões internas e politizar o tema dos direitos humanos.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui