sexta-feira, julho 5, 2024
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Vencedora do Nobel da Paz faz greve de fome na prisão no Irã

Depois de vencer o Prêmio Nobel da Paz de 2023 há exatamente um mês, a ativista iraniana Narges Mohammadi iniciou uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres em seu país.

Preocupação do comitê do Nobel

O anúncio foi de sua família nesta segunda-feira, 6. O comitê organizador do Nobel e a organização de defesa da liberdade de expressão Pen International expressaram sua preocupação com o estado de saúde da ativista.

“A obrigação para as detidas de usar um véu para serem hospitalizadas é desumana e moralmente inaceitável”, declarou a presidente do comitê do Nobel, Berit Reiss-Andersen.

Narges, de 51 anos, está detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerã. Conhecida por seu ativismo contra a pena de morte e a favor dos direitos das mulheres, já foi presa e condenada em várias ocasiões.

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Narges MohammadiNarges Mohammadi
Narges Mohammad protesta contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres no Irã | Foto: Reprodução/ YouTube

Descaso com Narges

Na quinta-feira 2, a família de Narges denunciou que as autoridades penitenciárias se recusaram a transferi-la para o hospital por não querer cobrir a cabeça com um véu. Seu estado de saúde é frágil.

Seus familiares alertaram que, de acordo com o eletrocardiograma feito na prisão, a ativista precisava de internação urgente. A Justiça do Irã não falou nada sobre o assunto.

“A República Islâmica [do Irã] é responsável por tudo o que possa acontecer com nossa querida Narges”, afirmou a família em comunicado.

Esta é a terceira vez que Narges cumpre pena na prisão de Evin desde 2012. A pena atual dela é de 12 anos de prisão, sob acusações de propaganda contra a República Islâmica.

Narges venceu o Nobel no dia 6 de outubro pela “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade”, de acordo com o comitê da premiação.

O governo iraniano criticou os organizadores de tentar interferir em questões internas e politizar o tema dos direitos humanos.

Via Revista Oeste

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