Ex-alvo do Cruzeiro, o zagueiro Valentín Gómez tem vivido ‘drama’ na Itália. Depois da negociação frustrada com a Raposa, o defensor foi negociado pelo Vélez Sarsfield-ARG ao grupo de investidores ‘Foster Gillett’, que detém as ações da Udinese-ITA. O problema é que o pagamento não foi efetuado, e o jogador corre o risco de não jogar na Europa.
A imprensa argentina divulgou que o Vélez acertou a transferência por 8,5 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões) – valor inferior ao que seria pago pelo Cruzeiro. O grupo ‘Foster Gillett’ apresentou certificação de fundos suficientes para que o negócio fosse firmado, porém, até o momento, os empresários americanos não depositaram o dinheiro.
Com isso, Valentín Gómez não foi anunciado pela Udinese e tem sido obrigado a treinar separadamente em uma praça na Itália. O que deixa a situação ainda mais grave é que a janela de transferências do futebol europeu se encerrou no dia 31 do último mês, o que impede que o defensor seja registrado.
A atual situação do zagueiro preocupa até mesmo em uma possível convocação para a Seleção Argentina, tendo em vista que o defensor era cotado para substituir o lesionado Lisandro Martínez. O zagueiro sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo e deverá ficar afastado dos gramados por pelo menos seis meses.
Para além do caso com Valentín Gómez, o ‘Foster Gillett’ tem gerado problemas para outros dois clubes argentinos. O River Plate, por exemplo, acertou a venda de Rodrigo Villagra por 10,5 milhões de euros. Porém, os pagamentos não foram efetuados, e os Millonarios aguardam o dinheiro enquanto o meia treina em separado.
Desistência do Cruzeiro
O clube celeste desistiu da transação após o Vélez Sarsfield fazer diversas exigências inesperadas. Segundo Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro, as instituições chegaram a acertos algumas vezes, mas os argentinos regrediram. A operação giraria na casa dos 9 milhões de euros (cerca de R$ 56 milhões) por 90% dos direitos econômicos do jogador.
“No caso do Valentín, a gente chegou, por algumas etapas, em acordos já tidos como feitos. As coisas foram caminhando de sempre aparecer algo a mais, um empecilho a mais, um pedido a mais, seja financeiro ou de outra coisa. Até que, no sábado, a gente fez um acordo final, em uma reunião. Ficamos aguardando uma reunião da junta diretiva e a gente, depois de idas e vindas de propostas, a gente colocou um prazo final nisso. Porque tem que se encerrar isso”, revelou o CEO em entrevista coletiva no dia 11 de janeiro.