A sonda solar Parker vai chegar, nesta terça-feira (24), o mais perto do Sol do que qualquer espaçonave já esteve. A missão da Nasa enviada ao espaço em 2018 está conduzindo estudos que prometem revolucionar nossa compreensão do astro.
No momento em que “tocar o Sol”, a nave não terá contato com a Terra, ficando desconectada até o dia 27 de dezembro — data em que está previsto que ela dê um sinal de que completou a missão e de que o veículo está íntegro.
O veículo chegará tão perto da estrela que estará perto o suficiente para passar dentro de uma erupção solar — movimento que a agência norte-americana compara a um surfista mergulhando sob uma onda do oceano quebrando.
A Parker continuará nesta órbita até completar mais duas voltas no Sol e finalizar a missão que foi enviada em 2018. No total, ao longo de sete anos, a espaçonave completará 24 voltas ao redor da estrela.
Com os dados obtidos pela sonda, o objetivo é que se compreenda melhor o fluxo da energia que está ao entorno do astro, se estude o aquecimento da coroa solar e explore o que acelera o vento do Sol.
Para poder completar sua missão, a sonda foi construída por um escudo composto de carbono de cerca de 11 centímetros de espessura que pode suportar temperaturas que chegam a quase 1.377 graus Celsius.
O primeiro marco histórico atingido pela espaçonave foi em 14 de dezembro de 2021 — data em que a Nasa anunciou que Parker havia voado pela atmosfera superior do Sol – a corona – para coletar amostras de partículas e campos magnéticos lá. Essa, então, foi o mais próximo que havíamos chegado do astro até então.
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