A ginasta Rebeca Andrade garantiu uma medalha de bronze histórica para o Brasil na disputa por equipes da Olimpíada de Paris 2024. A atleta obteve a maior nota, 15.100, ao executar o salto Cheng, o que colocou o Brasil na disputa pela medalha.
O salto foi batizado com o nome depois de ter sido executado pela ginasta Cheng, que protagonizou o movimento na Olimpíada de Pequim, em 2008. O movimento reproduzido por Rebeca tem alto grau de dificuldade na execução.
O Cheng começa com uma corrida de 25 metros até o trampolim, onde a atleta se apoia com os braços e necessita de um forte impulso para emendar o apoio na mesa.
A primeira pirueta é de costas. Na sequência, a ginasta faz um giro em torno do próprio eixo, ao mesmo tempo em que dá uma segunda pirueta no ar até aterrissar no chão, do outro lado.
O salto é executado com frequência também pela ginasta norte-americana Simone Biles, principal concorrente de Rebeca Andrade. A equipe de Biles levou ouro na disputa por equipes.
Contudo, no aparelho de salto, Rebeca superou Biles com uma nota de 15.100 contra 14.900.
“Esse é meu Cheng Fei, né?”, comentou a ginasta brasileira, depois da conquista do bronze. “Eu estava um pouco nervosa, estava cansada do solo. Mas é aquilo né, confiança no nosso trabalho não tem o que discutir. Eu fui lá e sabia o que tinha que fazer. Confiar na nossa equipe, e nosso trabalho faz toda a diferença. Foi daí que saiu o 15.100.”
Torcida espera por disputa individual de Rebeca na Olimpíada
A torcida agora aguarda a disputa individual do salto, em que Rebeca Andrade deve executar um movimento inédito que poderá ser homologado como “Andrade”, envolvendo uma rotação complexa de 1.080º no ar.
Se realizado, esse salto será o segundo mais difícil da história, perdendo apenas para o Biles II, da ginasta norte-americana. A final do salto entre Rebeca Andrade e Simone Biles está marcada para sábado, 3, a partir das 11h (horário de Brasília).