Quem já jogou ou viu a série “The Last of Us” sabe: na história, um fungo dizima a humanidade e as transforma em espécie de zumbis. O fungo da história existe e é do gênero Cordyceps.
Na vida real, ele não afeta humanos, apenas alguns animais. Mas o estrago que ele faz é realmente impressionante. Desta vez, o biólogo Chris Ketola obteve imagens do fungo tomando, completamente, uma tarântula, na Amazônia peruana.
O vídeo foi publicado no perfil do Instagram do biólogo. Lá, ele comentou que “é uma coisa verdadeiramente horrível, mas também incrível. Essa tarântula foi infectada pelo fungo, que tomou conta do seu sistema nervoso, forçou-a a vir para esse lugar. Quando ela morreu, o fungo emergiu para fora do corpo, liberando seus esporos”.
A tarântula vítima era grande, do tamanho de um smartphone dos dias atuais. Ela apresentou as características típicas de infecção pelo Cordyceps: filamentos brancos que aparecem acima de seu corpo, crescendo o quanto for possível para dispersar os esporos o mais longe possível pelo vento.
Veja, abaixo, o momento no qual os fungos tomam a tarântula:
A espécie que tomou a aranha é muito rara, dentre as mais de 750 do gênero Cordyceps, explicou Ketola, que indicou ainda que cada espécie objetiva um inseto em particular, não representando perigo para outros animais.
Como o fungo que inspirou “The Last of Us” atua
- O centro médico acadêmico Cleveland Clinic explica que o ciclo desse fungo começa com a dispersão de seus esporos;
- Ao entrar em contato com hospedeiros, esses esporos os infectam;
- A seguir, os Cordyceps se espalham, substituem os tecidos internos da vítima e se alimentam de seus nutrientes;
- Quando o animal está paralisado, o fungo surge de dentro do corpo dele e se prepara para liberar novos esporos, que reiniciarão o ciclo;
- Além disso, quando chegam ao sistema nervoso central, eles conseguem controlar a vítima, levando-a para o local mais alto possível. Daí a inspiração para “The Last of Us”.