sexta-feira, dezembro 27, 2024
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veja os maiores fracassos tecnológicos de 2024

O ano de 2024 ficará marcado por alguns dos maiores tropeços do setor de tecnologia. Enquanto avanços notáveis continuam a transformar o mundo, as falhas dos últimos 12 meses revelaram os desafios éticos, técnicos e financeiros que acompanham a inovação.

Do fiasco da inteligência artificial ao colapso de startups ambiciosas, aqui estão os oito principais episódios de fracassos tecnológicos de 2024, segundo a revista MIT Technology Review.

1. A falha inclusiva do Gemini, do Google

Em fevereiro, o Google lançou o Gemini, uma ferramenta de inteligência artificial que prometia inclusão e diversidade em imagens geradas.

Contudo, ao solicitar imagens históricas de soldados alemães da Segunda Guerra Mundial, usuários se depararam com representações imprecisas, como soldados negros — algo historicamente incorreto.

A tentativa de promover diversidade acabou desativada, o que restringiu a função para versões pagas do sistema.

Ao solicitar imagens históricas de soldados alemães da Segunda Guerra Mundial, usuários se depararam com representações imprecisas, como soldados negros | Foto: Reprodução/Gemini
Ao solicitar imagens históricas de soldados alemães da Segunda Guerra Mundial, usuários se depararam com representações imprecisas, como soldados negros | Foto: Reprodução/Gemini

2. A Boeing em queda livre

A Boeing acumulou uma sequência de problemas que expôs falhas em sua gestão e segurança. O incidente mais notável envolveu a Starliner, uma nave projetada para transportar astronautas.

Depois de uma série de vazamentos e problemas nos propulsores, durante uma viagem ao espaço, a nave voltou vazia à Terra — e deixou dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional. Além disso, a empresa enfrentou greves, multas milionárias e a renúncia do então CEO, Dave Calhoun, em março.

Os astronautas da Nasa Sunita Williams, Nick Hague, Barry Wilmore e Donald Pettit desembalam as refeições do Dia de Ação de Graças, da Estação Espacial Internacional (ISS) – 26/11/2024 | Foto: Nasa/Reuters
Os astronautas da Nasa Sunita Williams, Nick Hague, Barry Wilmore e Donald Pettit desembalam as refeições do Dia de Ação de Graças, da Estação Espacial Internacional (ISS) – 26/11/2024 | Foto: Nasa/Reuters

3. CrowdStrike e a “tela azul da morte”

Em julho, milhões de computadores com Windows foram afetados por uma atualização defeituosa da CrowdStrike, o que resultou na temida “tela azul da morte”.

O caos deixou companhias aéreas, hospitais e até emissoras de TV paralisados. A Delta Airlines, que cancelou 7 mil voos, processou a empresa em US$ 500 milhões. A CrowdStrike culpou a gestão da Delta, aumentando ainda mais as tensões.

Em julho, milhões de computadores com Windows foram afetados por uma atualização defeituosa da CrowdStrike, o que resultou na temida 'tela azul da morte' | Foto: Dado Ruvic/Reuters
Em julho, milhões de computadores com Windows foram afetados por uma atualização defeituosa da CrowdStrike, o que resultou na temida ‘tela azul da morte’ | Foto: Dado Ruvic/Reuters

4. Fazendas verticais: um sonho desmoronado

A Bowery, startup que prometia revolucionar a agricultura com fazendas verticais, entrou em colapso depois de levantar mais de US$ 700 milhões.

A promessa de alta produtividade enfrentou a realidade de infecções resistentes e custos elevados. O fracasso expôs os desafios de equilibrar tecnologia avançada com viabilidade econômica.

Um trabalhador coloca grampos nas plantas de batata para ajudá-las a crescer verticalmente, em uma estufa da Yakeshi Senfeng Potato Industry Company, onde as batatas-semente são cultivadas pelo método aeropônico, em Yakeshi, Mongólia Interior, China - 15/6/2024 | Foto: Florence Lo/Reuters
Um trabalhador coloca grampos nas plantas de batata para ajudá-las a crescer verticalmente, em uma estufa da Yakeshi Senfeng Potato Industry Company, onde as batatas-semente são cultivadas pelo método aeropônico, em Yakeshi, Mongólia Interior, China – 15/6/2024 | Foto: Florence Lo/Reuters

5. A explosão dos pagers

O uso de pagers pelo grupo terrorista Hezbollah no Líbano teve um desfecho trágico, quando aparelhos equipados com explosivos foram detonados.

O ataque, supostamente coordenado por Israel, reacendeu debates sobre o uso de tecnologias obsoletas em contextos de segurança.

O uso de pagers pelo grupo terrorista Hezbollah no Líbano teve um desfecho trágico | Foto: Reprodução/Flickr
O uso de pagers pelo grupo terrorista Hezbollah no Líbano teve um desfecho trágico | Foto: Reprodução/Flickr

6. O colapso da 23andMe

A empresa pioneira em testes genéticos enfrentou uma crise sem precedentes. Vazamentos de dados sensíveis minaram sua credibilidade, o que levou à desvalorização quase total de suas ações.

A preocupação dos clientes agora se volta para o destino de seus dados genéticos em caso de falência.

A empresa pioneira em testes genéticos enfrentou uma crise sem precedentes | Foto: Reprodução/CCNull
A empresa pioneira em testes genéticos enfrentou uma crise sem precedentes | Foto: Reprodução/CCNull

7. “AI slop”: o lado bizarro da inteligência artificial

Imagens geradas por IA com fins absurdos ou enganosos dominaram 2024, um fenômeno apelidado de “AI slop”.

Exemplos incluem o viral “Jesus Camarão” e imagens fictícias de desastres, como a menina que treme em um barco durante o furacão Helene.

Imagens geradas por IA com fins absurdos ou enganosos dominaram 2024, um fenômeno apelidado de 'AI slop' | Foto: Reprodução/Forbes
Imagens geradas por IA com fins absurdos ou enganosos dominaram 2024, um fenômeno apelidado de ‘AI slop’ | Foto: Reprodução/Forbes

8. Mercados voluntários de carbono em colapso

Empresas como a Nori e a Running Tide, que buscavam lucrar com mercados de créditos de carbono, encerraram suas operações em meio à baixa demanda e a questionamentos éticos.

A credibilidade do setor foi abalada por esquemas fraudulentos. Em outubro, por exemplo, promotores dos EUA acusaram dois homens de organizarem um esquema de US$ 100 milhões que envolvia a venda de economias de emissões inexistentes.

Empresas como a Nori e a Running Tide, que buscavam lucrar com mercados de créditos de carbono, encerraram suas operações em meio à baixa demanda e questionamentos éticos | Foto: Reprodução/Rawpixel
Empresas como a Nori e a Running Tide, que buscavam lucrar com mercados de créditos de carbono, encerraram suas operações em meio à baixa demanda e questionamentos éticos | Foto: Reprodução/Rawpixel

Via Revista Oeste

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