A Baixada Santista, região mais populosa do litoral paulista, concentrou nove das dez praias mais poluídas de São Paulo no último ano.
Em mais de 30 das 52 medições anuais, esses locais foram considerados impróprios para banho. A Praia Perequê, no Guarujá, lidera a lista. O lugar é impróprio em 51 medições semanais, feitas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Cláudia Lamparelli, gerente do setor de águas litorâneas da Cetesb, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que a praia Perequê enfrenta desafios de saneamento.
“É uma preocupação, que acredito que tomarão algumas medidas corretivas”, afirmou Cláudia. “Não é o fato de ela ser de pescador que define estar suja ou não. Ela tem atividade de pesca mais intensa, mas isso também faz com que acabe não tendo tantos banhistas.”
Outras praias afetadas pela poluição
Itaguá, em Ubatuba, é a única representante do litoral norte na lista das dez praias mais sujas. Outras praias impróprias estão em São Vicente, Praia Grande e Mongaguá.
Em Praia Grande, por exemplo, quatro praias estão na lista: Vila Tupi, Vila Mirim, Boqueirão e Balneário Flórida. São Vicente, por sua vez, possui três: Prainha, Gonzaguinha e Milionários. Mongaguá completa a lista com a praia de Vera Cruz.
Em São Vicente, a poluição é agravada pela posição das praias em uma baía de circulação limitada, além de ocupações irregulares.
A prefeitura investe na melhoria da qualidade da água, mas a diminuição das bactérias ainda não é suficiente. Apesar disso, Santos, o município mais populoso da Baixada Santista, não teve nenhuma praia classificada como péssima desde 2017.
Esforços para a melhora da qualidade das águas
A gerente da Cetesb atribui a melhora em Santos a investimentos em saneamento e à estiagem, que reduziu o transporte de detritos para o mar.
Especialistas recomendam evitar o banho em praias impróprias e depois de chuvas intensas, para evitar problemas de saúde.