domingo, setembro 29, 2024
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Veja o que criador de Mario e Zelda pensa sobre IA nos jogos

Parecia haver um consenso dentro da indústria dos games sobre o uso da Inteligência Artificial. A IA generativa poderia acelerar processos e melhorar experiências. Apresentar gráficos melhores e até adaptar o nível de dificuldade durante o gameplay.

Os benefícios são inúmeros, mas, mesmo assim, a Nintendo escolheu trilhar um caminho diferente. Em julho, o presidente da companhia, Shuntaro Furukawa, já havia indicado essa tendência. Agora, o designer e produtor Shigeru Miyamoto confirmou: a gigante japonesa não pretende usar IA em seus jogos.

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Miyamoto é uma lenda dentro do universo dos games. Ele é o criador, entre outros, do Mario, do Donkey Kong e de The Legend of Zelda (para quem ainda não sabe, Zelda é a princesa; o protagonista jogável se chama Link). Ele está na Nintendo desde 1977 e, hoje, é uma espécie de guru lá dentro.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Miyamoto foi indagado sobre a nova tecnologia. E reiterou essa disposição contramaré:

“Pode parecer que estamos indo na direção oposta só por ir na direção oposta, mas na verdade é tentar descobrir o que torna a Nintendo especial. Há muita conversa sobre IA, por exemplo. E quando isso acontece, todos começam a ir na mesma direção, mas é aí que a Nintendo prefere ir em uma direção diferente”, afirmou Miyamoto.

O criador de Super Mario Bros. é uma das figuras mais respeitadas dentro da empresa japonesa – Imagem: Reprodução/Nintendo

O jeito Nintendo de ser

  • Como dissemos, a declaração de Miyamoto vem ao encontro da manifestação do presidente da companhia, Shuntaro Furukawa.
  • Em julho, Furukawa pontuou o seguinte:

“Temos décadas de conhecimento na criação das melhores experiências de jogos para nossos jogadores. Embora estejamos abertos a utilizar desenvolvimentos tecnológicos, trabalharemos para continuar a entregar valor que é exclusivo da Nintendo e que não pode ser criado apenas pela tecnologia”.

  • A Nintendo segue essa linha há muito tempo – e vem sendo bem-sucedida.
  • Dentro do mundo dos consoles, por exemplo, a empresa japonesa tem como principais concorrentes a Sony e a Microsoft.
  • Enquanto o PlayStation e o Xbox apresentaram hardwares potentes, com gráficos cada vez melhores e mais realistas, a Nintendo apostou na diversão, na jogabilidade e nos seus exclusivos.
  • E as vendas da última geração foram um sucesso.
  • O Switch vendeu mais unidades do que o PlayStation 4, o PlayStation 5 e do que o Xbox Series S/X e o Xbox One.
  • E eu trago esses números como um jogador de PlayStation (desde o PSOne até hoje).
  • Mas é inegável que o case da Nintendo é um sucesso.
A Nintendo construiu seu império a partir de franquias poderosas – Imagem: Nintendo/Divulgação

A indústria e a IA

Não estou aqui dizendo que o caminho A ou B é o ideal. Existem gostos diferentes e quanto mais opções melhor. Agora, fato é que a indústria dos games (tirando a Nintendo) parece cada vez engajada no uso da Inteligência Artificial.

O CEO da Electronic Arts, por exemplo, Andrew Wilson, já disse que a IA vai ocupar um papel central no desenvolvimentos dos jogos, que será quase o coração do negócio no futuro. A EA que é uma gigante também, responsável, entre outras coisas, pelo Fifa (que agora chama EA FC).

Outra gigante, a Nvidia, já demonstrou que a nova tecnologia pode mudar o patamar da experiência dos games no futuro. Imagine um jogo de mundo aberto com milhares de NPCs. Com a IA generativa, cada personagem terá “vida própria”, com diálogos e interações diferentes.

Para o chefe da PlayStation Productions, Asad Qizilbash, esse é um ponto determinante para o futuro. Segundo ele, o uso da IA em jogos é importante sobretudo para os jogadores das Gerações Z e Alfa, que buscam “personalização em tudo”.

A Microsoft, por sua vez, já estaria desenvolvendo um chatbot de IA para ajudar os proprietários de Xbox. A máquina resolveria problemas envolvendo a assinatura do Game Pass, questões sobre reembolso e até mesmo daria dicas e sugestões sobre jogos.

As informações são do jornal The New York Times.




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Via Olhar Digital

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