Embora tenha sido amplamente anunciado como o “Cometa do Século“, o máximo que se pode dizer sobre o brilho do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) é que foi o mais intenso da década.
Isso porque o objeto não superou a luminosidade do cometa McNaught, que passou pela Terra em 2007 – o que acabou decepcionando aqueles que tinham grandes expectativas sobre sua passagem.
Ainda assim, ele tem oferecido vistas deslumbrantes desde que se tornou observável no céu da manhã, em 15 de setembro, tornando-se um objeto noturno a partir de 10 de outubro.
E se você não conseguiu ver essa rocha brilhante e gelada que veio dos confins do Sistema Solar, ainda há tempo. No entanto, é preciso se apressar, pois o cometa está prestes a deixar nossa vizinhança cósmica e só deve retornar daqui a 80 mil anos — ou talvez nunca mais.
Diversas transmissões ao vivo vêm sendo disponibilizadas online para tornar a observação mais acessível. O Projeto Telescópio Virtual, do Observatório Astronômico Bellatrix, localizado em Roma, na Itália, já realizou algumas dessas exibições. Nesta segunda-feira (21), a partir das 15h, haverá mais uma live focada no cometa, com apresentação e comentários do astrônomo Gianluca Masi, que lidera o serviço – clique aqui para assistir.
Atualmente, o cometa C/2023 A3 surge alto no oeste ao anoitecer, observável mais facilmente mais ao norte do globo. Ele passou pelo ponto mais próximo da Terra em 12 de outubro, quando atingiu a magnitude máxima de -4 (brilho comparável ao de Vênus).
Isso fez com que ele superasse o cometa C/2011 W3 (Lovejoy), cujo pico de magnitude foi de -3, em 2011, tornando-se o mais brilhante dos últimos 13 anos. Cabe lembrar que quanto mais luminoso um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.