A manifestação prevista para as 14h deste sábado, feriado do 7 de Setembro, vai contar com a presença de mais de 70 políticos e dois trios elétricos posicionados em “L” na Avenida Paulista, em São Paulo. O protesto foi convocado pelo pastor Silas Malafaia.
Os trios elétricos vão ficar posicionados no cruzamento da Rua Peixoto Gomide com a Avenida Paulista. Devem comparecer ao ato pela anistia, neste 7 de setembro, mais de 70 deputados federais e dez senadores.
A expectativa é que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro faça a abertura da manifestação deste 7 de Setembro. Na sequência, devem discursar os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Magno Malta (PL-ES), o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Silas Malafaia. O ex-presidente da República e atual presidente de honra do Partido Liberal, Jair Bolsonaro, encerra o ato.
Segundo o pastor Silas Malafaia, o tema central do protesto vai ser “o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas também contra a censura e pela liberdade de expressão, que é um direito básico para o estado democrático de direito”.
“Um homem, que censura 20 milhões de pessoas ao suspender o Twitter/X e aplicar uma multa de R$ 50 mil passou de todos os limites”, argumentou o pastor. “Não podemos aceitar isso de braços cruzados. Qual será o próximo passo? Qual será a próxima ação imoral e ilegal?”
Oposição pede apoio da população em manifestação de 7 de Setembro
Na última quarta-feira, 4, a oposição divulgou um manifesto para pedir apoio da população, no 7 de Setembro, para a anistia aos presos do 8 de janeiro e o arquivamento dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Conforme os parlamentares, a primeira investigação sob comando de Moraes, a das fake news, chegou a ser considerada inconstitucional pela Procuradoria-Geral da República, mas foi ignorada pelo STF. O procedimento deu vida a outros, e também sigilosos.
“Tais decisões, com viés arbitrário e autoritário, ameaçam a liberdade de expressão dos cidadãos, a liberdade de imprensa, e até mesmo a inviolabilidade dos mandatos parlamentares, que são protegidos por imunidade em suas opiniões, palavras e votos”, observou a oposição, no documento.
Ao citar os diálogos revelados pelo jornal Folha de S.Paulo, os quais mostram atuação ilegal de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a oposição observou que os “alertas” feitos por ela “se confirmaram de forma inconteste e revelaram que o ministro montou uma estrutura direcionada para produzir relatórios contra alvos predefinidos, corroborando decisões preestabelecidas para aplicação de multas e restrições de direitos contra cidadãos e veículos de comunicação do espectro político contrário ao governo de ocasião”.