Nesta quarta-feira (28), em uma coletiva de imprensa, autoridades da Roscosmos (agência espacial da Rússia) confirmaram a existência de um vazamento contínuo de ar na parte russa da Estação Espacial Internacional (ISS).
Segundo a agência, especialistas que realizam trabalhos regulares para localizar e corrigir possíveis pontos de escape estão monitorando o vazamento no módulo Zvezda. Ainda de acordo com a Roscosmos, não há ameaça à tripulação ou à estrutura da estação.
Joel Montalbano, gerente de projeto da ISS na NASA, revelou que o vazamento no segmento russo começou a ser notável pouco antes da chegada da nave de carga Progress 87, que acoplou naquele módulo em 14 de fevereiro, mas ressaltou que continua mínimo e sem representar qualquer ameaça à segurança da tripulação ou às operações do complexo orbital.
Com o desgaste da estação devido à passagem do tempo, a equipe precisa se dedicar mais a reparos e manutenção.
Outros vazamentos na parte russa da estação
Em agosto de 2020, foi relatado o primeiro vazamento no módulo Zvezda, e em novembro de 2021, outro ponto de potencial escape foi encontrado em uma parte diferente da seção russa da estação. Tanto a NASA quanto a Roscosmos garantiram que esses incidentes não colocaram em risco a tripulação nem afetaram as operações.
Além do vazamento de ar, houve também outros tipos de vazamentos. Em outubro de 2023, ocorreu um escape de gás amônia no laboratório russo Nauka. No ano anterior, o vazamento foi de líquido de arrefecimento na cápsula Soyuz MS-22. As agências atribuem esses episódios a pequenos meteoroides, não a falhas de fabricação.
Símbolo de cooperação pós-Guerra Fria, a ISS permanece como uma das últimas áreas de colaboração entre Rússia e Ocidente. Apesar das tensões, a NASA e seus parceiros planejam manter as operações até 2030. A atual tripulação inclui astronautas da NASA, da Agência Espacial Europeia (ESA), cosmonautas russos e um astronauta japonês.